31.5.07

| clube da noiva e o filho da lua

| clube da lua (luna de avellaneda) e o filho da noiva (el hijo de la novia), ambos dirigidos por juan josé campanella, serão os próximos filmes abordados na disciplina de 'estudos culturais'.

| nesta quinta (31/05; 18h) exibiremos o filho da noiva, porém ambos apresentam problemáticas contemporâneas pertinentes a relações com os 'ec', viabilizando, portanto, que cada aluno produza uma análise relacionando o universo temático e conceitual dos 'estudos culturais' (através de uma ou mais teorias ou conceitos específicos) a uma das películas.



| clube da lua (luna de avellaneda), trailer argentino



| o filho da noiva (el hijo de la noiva), trailer norte americano


| videolocadoras que possuem os filmes em seu acervo (niterói)
| o cinéfilo, icaraí; 3603 2202
| cahu, ingá; 2704 2772
| cahu, icaraí (1); 2719 6234
| cahu, icaraí (2); 2711 4488
| vídeo & cia, icaraí; 2714 6336
| vídeo & cia, centro; 2719 9140
| blockbuster, icaraí; 2611 1784
| aldeia do video, icaraí; 2714 4929

30.5.07

| produções de telencéfalos altamente
desenvolvidos e polegares opositores, 03

| criar, adaptar e/ou se aproriar de algum produto ou meio, embasados na disciplina de 'comunicação e cultura' relacionando seus conceitos e problematizações ao curta metragem ilha das flores objetivando repressentar essa ou essas relações sinteticamente - essa foi a proposta de um trabalho pedido aos alunos de 'c.c.'
| algumas das produções finais destes trabalhos, como a que segue abaixo, estão sendo exibidas por aqui

| "Música composta por João Ricardo e Solano Ribeiro, "Tem gente com fome" gravada por Secos e Molhados, explicita bem o sistema capitalista contemporâneo. A metáfora do trem mostra como a população menos abastada tornou-se uma massa anônima, que clama por uma vida digna, que além dos seus direitos reprimidos é ignorada e oprimida pelas autoridades."

Trem sujo da leopoldina
Correndo correndo
Parece dizer
Tem gente com fome
Tem gente com fome
Tem gente com fome
Estação de caxias
De novo a dizer
De novo a correr
Tem gente com fome
Tem gente com fome
Tem gente com fome
Tantas caras tristes
Querendo chegar
Em algum destino
Em algum lugar
Só nas estações
Quando vai parando
Começa a dizer
Se tem gente com fome
Dá de comer
Se tem gente com fome
Dá de comer
Se tem gente com fome
Dá de comer
Mas o freio de ar
Todo autoritário
Manda o trem calar
Psiuuuuuuuu.

| marina frança, estudos de mídia

| ; )
emoticons refletem diferenças culturais

| marcelo mendonça, aluno de 'comunicação e cultura', nos enviou uma matéria bem interessante sobre um estudo no qual, através da análise dos usos de emoticons, identifica-se diferenças culturais mesmo dentre meios pasteurizadores como ferramentas de comunicação virtuais.

| clique para acessar seu conteúdo

| produções de telencéfalos altamente desenvolvidos e polegares opositores, 02

| criar, adaptar e/ou se aproriar de algum produto ou meio, embasados na disciplina de 'comunicação e cultura' relacionando seus conceitos e problematizações ao curta metragem ilha das flores objetivando repressentar essa ou essas relações sinteticamente - essa foi a proposta de um trabalho pedido aos alunos de 'c.c.'
| algumas das produções finais destes trabalhos, como a que segue abaixo, estão sendo exibidas por aqui

| "O documentário "Ilha das Flores", entre outros fatores, fala da divisão que o capitalismo fez na sociedade moderna.
| As conseqüências, entre as mais diversas são fome, falta de oportunidade, surgimento de novas guerras, enfim, tudo gira em torno do poder.
Para ilustrar a minha conclusão sobre o vídeo, escolhi o videoclipe da Marisa Monte, da música "Vilarejo".
| No videoclipe, Marisa Monte nos causa uma sensação de angústia, pois ela mistura a letra sobre uma vida mais simples, melhor, porém utópica, com imagens reais de guerras, pessoas em péssimas condições de vida, como fome, falta de abrigo, desumanização... Todos esses são reflexos do capitalismo exagerado."

| marcelo lopes, estudos de mídia

| + | letra de 'vilarejo'

23.5.07

| a mitologia de um antropólogo,
clifford geertz

| Clifford Geertz é "o cara" em nossa disciplina de 'comunicação e cultura', conteúdo extra sobre ele não poderia faltar em nosso blog, especialmente nesta semana em que começamos a refletir com e sobre parte de sua obra.
| Abaixo há a transcrição da introdução feita por Victor Aiello Tsu para uma entrevista que Geertz lhe concedeu em 2001 para a Folha de São Paulo, seguida por um link para a íntegra dessa entrevista.

| O aumento na quantidade de comunicações e a maior integração entre os seres humanos não necessariamente tornou a vida mais fácil. Para o antropólogo norte-americano Clifford Geertz, 74, um dos principais deveres dos antropólogos (e do cientista social de maneira geral) neste início de século é tentar fazer com que as diversas sociedades (que são cada vez mais complexas e envolvem cada vez mais pessoas) sejam capazes de atingir algum entendimento entre si.
| Essa é uma das mais relevantes lições do autor de "Nova Luz sobre a Antropologia", livro que está sendo lançado no Brasil nesta semana pela editora Jorge Zahar e reúne desde ensaios críticos à antropologia contemporânea até reflexões autobiográficas (leia trecho na pág. 9).
| Com 18 livros publicados, Clifford Geertz é, depois de Claude Lévi-Strauss, provavelmente o antropólogo cujas idéias causaram maior impacto após a segunda metade do século 20, não apenas para a própria teoria e prática antropológicas, mas também fora de sua área, em disciplinas como a psicologia, a história e a teoria literária.
| Ele é considerado o fundador de uma das vertentes da antropologia contemporânea _a chamada antropologia hermenêutica ou interpretativa. Para o autor (que se graduou em filosofia e inglês antes de decidir ser antropólogo) este volume é uma oportunidade de, no fim de sua carreira, "montar sua própria lenda antes que outros o façam".
Clifford Geertz obteve seu PhD em antropologia em 1956 e desde então conduziu extensas pesquisas de campo que deram origem a livros escritos essencialmente sob a forma de ensaio. Suas pesquisas ocorreram na Indonésia e no Marrocos. Foi o descontentamento com a metodologia antropológica disponível à época de seu estudo, que lhe parecia excessivamente abstrata e de certa forma distanciada da realidade que encontrou em campo, que o levou a elaborar um método novo de análise das informações obtidas entre as sociedades que estudava. Seu primeiro estudo tinha por objetivo entender a religião em Java. No final, foi incapaz de se restringir a apenas um aspecto daquela sociedade _que ele achava que não poderia ser extirpado e analisado separadamente do resto, desconsiderando, entre outras coisas, a própria passagem do tempo.
| Foi assim que ele chegou ao que depois foi apelidado de antropologia hermenêutica. Essa vertente, crucial para o desenvolvimento da contemporânea _e às vezes chamada pós-moderna_ antropologia de matriz norte-americana, é um estudo que pretende entender "quem as pessoas de determinada formação cultural acham que são, o que elas fazem e por que razões elas crêem que fazem o que fazem".
| Uma das metáforas preferidas para definir o que faz a antropologia interpretativa é a da leitura das sociedades como textos ou como análogas a textos. A interpretação se dá em todos os momentos do estudo, da leitura do "texto" cheio de significados que é a sociedade à escritura do texto/ensaio do antropólogo, interpretado por sua vez por aqueles que não passaram pelas experiências do autor do texto escrito.
Na entrevista a seguir, Geertz (de quem já foram editados no Brasil "Interpretação das Culturas", LTC e Guanabara/ Koogan, e "O Saber Local", Vozes) fala do panorama da antropologia atual, daquilo que ele vê como o dever do antropólogo tanto hoje quanto no futuro, dos limites da interpretação e de como a onda de globalização estaria afetando as diversas culturas.

| produções de telencéfalos altamente desenvolvidos e polegares opositores, 01

| criar, adaptar e/ou se aproriar de algum produto ou meio, embasados na disciplina de 'comunicação e cultura' relacionando seus conceitos e problematizações ao curta metragem ilha das flores objetivando repressentar essa ou essas relações sinteticamente - essa foi a proposta de um trabalho pedido aos alunos de 'c.c.'
| algumas das produções finais destes trabalhos, começando pela que segue abaixo, serão exibidas por aqui

| ana carolina gram, estudos de mídia

17.5.07

| nem carteiro, nem profeta;
que caminhos são possíveis para o intelectual hoje?

| continuando os reflexões da última aula de 'estudos culturais' a partir do texto de Edward Said, "linkamos" um artigo do nosso Marildo Nercolini publicado no portal do PACC (programa avançado de cultura contemporânea) onde se pensa justamente sobre os caminhos possíveis para o intelectual hoje traçando relações com os conceitos de Beatriz Sarlo a respeito.
| abaixo disponibilizamos o trecho inicial do artigo com o subseqüente link para sua versão integral.

| "Como Gramsci, creio que o intelectual é fruto de seu tempo e das relações nele estabelecidas, contrapondo-me ao mito do intelectual a-temporal, ligado a uma imagem que remete a uma essência questionável. Penso que não existe hoje uma definição universal do lugar do intelectual na sociedade. Qualquer definição é decorrente do contexto em que se vive. Nos anos 60 e 70, tínhamos a predominância do modelo francês, à la Sartre, intelectual engajado, a voz universal que tomava partido. O ideal iluminista acrescido do ideário marxista-socialista. Esse intelectual, um dos filhos diletos da modernidade, assim como esta, entra em crise e não mais se sustenta."

| foto beatriz sarlo| maría kusmuk (1998)
| foto jean paul sartre| bruno barbez, magnum photos (maio de 68)

| + |verbete de Edward Said na wikipédia
| + |verbete de Jean Paul Sartre na wikipédia
| + |verbete de Beatriz Sarlo na wikipedia (em inglês)

10.5.07

| o bicho


Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.


Manuel Bandeira
Rio, 27 de dezembro de 1947


| povo de 'comunicação e cultura', deixo também o poema relacionado em sala com a abordagem do curta 'ilha das flores'

9.5.07

| ilha das flores



| povo de 'comunicação e cultura'... dia 17, até a meia noite (uhhh...) espero os trabalhos de vcs no meu e-mail. Aproveitem a total e completa liberdade de criação. Qualquer material e formato é válido, o importante é ter sido produzido, interpretado ou reapropriado por vcs traçando reflexões com o curta e com os conceitos, nele presentes, pertinentes ao universo teórico problematizado em nossa disciplina.
| deixo abaixo uma série de links q podem lhes conceder mais ferramentas para esse trabalho
| té


| parte 2 de 3, 'ilha das flores' no youtube

4.5.07

| artistas e intelectuais no brasil pós-1960

| essa semana, na disciplina de estudos culturais, trabalharemos o texto, de Marcelo Ridenti, 'Artistas e intelectuais no Brasil pós-1960' onde há toda um reflexão muito interessante sobre a questão da política e da cultura no Brasil dos anos 60, dialogando com a noção de "estrutura de sentimento" de Williams, tema que também será abordado em sala.
| abaixo disponibilizamos um trecho inicial do texto e, subseqüente, o link para sua versão digital.

| "Estrutura de sentimento da brasilidade revolucionária nos anos de 1960 -
| Partir das reflexões de Raymond Williams sobre as “estruturas de sentimento” constitui uma possibilidade de aproximação teórica para tratar, especialmente no que se refere às artes, do tema do surgimento de um imaginário crítico nos meios artísticos e intelectuais brasileiros na década de 1960 e depois sua transformação e (re)inserção institucional a partir dos anos de 1970. Talvez se possa falar na criação de uma “estrutura de sentimento” compartilhada por amplos setores de artistas e intelectuais brasileiros a partir do final dos anos de 1950, e de como ela se transformou ao longo do tempo. Williams reconhece que “o termo é difícil, mas ‘sentimento’ é escolhido para ressaltar uma distinção dos conceitos mais formais de ‘visão de mundo’ ou ‘ideologia’”, os quais se referem a crenças mantidas de maneira formal e sistemática, ao passo que uma estrutura de sentimento daria conta de “significados e valores tal como são sentidos e vividos ativamente”. A estrutura de sentimento não se contrapõe a pensamento, mas procura dar conta “do pensamento tal como sentido e do sentimento tal como pensado: a consciência prática de um tipo presente, numa continuidade viva e inter-relacionada”, sendo por isso uma hipótese cultural de relevância especial para a arte e a literatura (...)".