| vídeo & cia, centro; 2719 9140
31.5.07
| clube da noiva e o filho da lua
| vídeo & cia, centro; 2719 9140
30.5.07
| produções de telencéfalos altamente
desenvolvidos e polegares opositores, 03
| algumas das produções finais destes trabalhos, como a que segue abaixo, estão sendo exibidas por aqui
| "Música composta por João Ricardo e Solano Ribeiro, "Tem gente com fome" gravada por Secos e Molhados, explicita bem o sistema capitalista contemporâneo. A metáfora do trem mostra como a população menos abastada tornou-se uma massa anônima, que clama por uma vida digna, que além dos seus direitos reprimidos é ignorada e oprimida pelas autoridades."
| ; )
emoticons refletem diferenças culturais
| clique para acessar seu conteúdo
| produções de telencéfalos altamente desenvolvidos e polegares opositores, 02
| "O documentário "Ilha das Flores", entre outros fatores, fala da divisão que o capitalismo fez na sociedade moderna.
| As conseqüências, entre as mais diversas são fome, falta de oportunidade, surgimento de novas guerras, enfim, tudo gira em torno do poder.
Para ilustrar a minha conclusão sobre o vídeo, escolhi o videoclipe da Marisa Monte, da música "Vilarejo".
| No videoclipe, Marisa Monte nos causa uma sensação de angústia, pois ela mistura a letra sobre uma vida mais simples, melhor, porém utópica, com imagens reais de guerras, pessoas em péssimas condições de vida, como fome, falta de abrigo, desumanização... Todos esses são reflexos do capitalismo exagerado."
| marcelo lopes, estudos de mídia
| + | letra de 'vilarejo'
23.5.07
| a mitologia de um antropólogo,
clifford geertz
| Essa é uma das mais relevantes lições do autor de "Nova Luz sobre a Antropologia", livro que está sendo lançado no Brasil nesta semana pela editora Jorge Zahar e reúne desde ensaios críticos à antropologia contemporânea até reflexões autobiográficas (leia trecho na pág. 9).
| Com 18 livros publicados, Clifford Geertz é, depois de Claude Lévi-Strauss, provavelmente o antropólogo cujas idéias causaram maior impacto após a segunda metade do século 20, não apenas para a própria teoria e prática antropológicas, mas também fora de sua área, em disciplinas como a psicologia, a história e a teoria literária.
| Ele é considerado o fundador de uma das vertentes da antropologia contemporânea _a chamada antropologia hermenêutica ou interpretativa. Para o autor (que se graduou em filosofia e inglês antes de decidir ser antropólogo) este volume é uma oportunidade de, no fim de sua carreira, "montar sua própria lenda antes que outros o façam".
Clifford Geertz obteve seu PhD em antropologia em 1956 e desde então conduziu extensas pesquisas de campo que deram origem a livros escritos essencialmente sob a forma de ensaio. Suas pesquisas ocorreram na Indonésia e no Marrocos. Foi o descontentamento com a metodologia antropológica disponível à época de seu estudo, que lhe parecia excessivamente abstrata e de certa forma distanciada da realidade que encontrou em campo, que o levou a elaborar um método novo de análise das informações obtidas entre as sociedades que estudava. Seu primeiro estudo tinha por objetivo entender a religião em Java. No final, foi incapaz de se restringir a apenas um aspecto daquela sociedade _que ele achava que não poderia ser extirpado e analisado separadamente do resto, desconsiderando, entre outras coisas, a própria passagem do tempo.
| Foi assim que ele chegou ao que depois foi apelidado de antropologia hermenêutica. Essa vertente, crucial para o desenvolvimento da contemporânea _e às vezes chamada pós-moderna_ antropologia de matriz norte-americana, é um estudo que pretende entender "quem as pessoas de determinada formação cultural acham que são, o que elas fazem e por que razões elas crêem que fazem o que fazem".
| Uma das metáforas preferidas para definir o que faz a antropologia interpretativa é a da leitura das sociedades como textos ou como análogas a textos. A interpretação se dá em todos os momentos do estudo, da leitura do "texto" cheio de significados que é a sociedade à escritura do texto/ensaio do antropólogo, interpretado por sua vez por aqueles que não passaram pelas experiências do autor do texto escrito.
Na entrevista a seguir, Geertz (de quem já foram editados no Brasil "Interpretação das Culturas", LTC e Guanabara/ Koogan, e "O Saber Local", Vozes) fala do panorama da antropologia atual, daquilo que ele vê como o dever do antropólogo tanto hoje quanto no futuro, dos limites da interpretação e de como a onda de globalização estaria afetando as diversas culturas.
| produções de telencéfalos altamente desenvolvidos e polegares opositores, 01
| ana carolina gram, estudos de mídia
17.5.07
| nem carteiro, nem profeta;
que caminhos são possíveis para o intelectual hoje?
| "Como Gramsci, creio que o intelectual é fruto de seu tempo e das relações nele estabelecidas, contrapondo-me ao mito do intelectual a-temporal, ligado a uma imagem que remete a uma essência questionável. Penso que não existe hoje uma definição universal do lugar do intelectual na sociedade. Qualquer definição é decorrente do contexto em que se vive. Nos anos 60 e 70, tínhamos a predominância do modelo francês, à la Sartre, intelectual engajado, a voz universal que tomava partido. O ideal iluminista acrescido do ideário marxista-socialista. Esse intelectual, um dos filhos diletos da modernidade, assim como esta, entra em crise e não mais se sustenta."
| foto beatriz sarlo| maría kusmuk (1998)
| foto jean paul sartre| bruno barbez, magnum photos (maio de 68)
| + |verbete de Edward Said na wikipédia
| + |verbete de Jean Paul Sartre na wikipédia
| + |verbete de Beatriz Sarlo na wikipedia (em inglês)
10.5.07
| o bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
Manuel Bandeira
Rio, 27 de dezembro de 1947
| povo de 'comunicação e cultura', deixo também o poema relacionado em sala com a abordagem do curta 'ilha das flores'
9.5.07
| ilha das flores
| parte 2 de 3, 'ilha das flores' no youtube
4.5.07
| artistas e intelectuais no brasil pós-1960
| abaixo disponibilizamos um trecho inicial do texto e, subseqüente, o link para sua versão digital.
| "Estrutura de sentimento da brasilidade revolucionária nos anos de 1960 -
| Partir das reflexões de Raymond Williams sobre as “estruturas de sentimento” constitui uma possibilidade de aproximação teórica para tratar, especialmente no que se refere às artes, do tema do surgimento de um imaginário crítico nos meios artísticos e intelectuais brasileiros na década de 1960 e depois sua transformação e (re)inserção institucional a partir dos anos de 1970. Talvez se possa falar na criação de uma “estrutura de sentimento” compartilhada por amplos setores de artistas e intelectuais brasileiros a partir do final dos anos de 1950, e de como ela se transformou ao longo do tempo. Williams reconhece que “o termo é difícil, mas ‘sentimento’ é escolhido para ressaltar uma distinção dos conceitos mais formais de ‘visão de mundo’ ou ‘ideologia’”, os quais se referem a crenças mantidas de maneira formal e sistemática, ao passo que uma estrutura de sentimento daria conta de “significados e valores tal como são sentidos e vividos ativamente”. A estrutura de sentimento não se contrapõe a pensamento, mas procura dar conta “do pensamento tal como sentido e do sentimento tal como pensado: a consciência prática de um tipo presente, numa continuidade viva e inter-relacionada”, sendo por isso uma hipótese cultural de relevância especial para a arte e a literatura (...)".