8.6.09

"Ilha das Flores" por Comunicação e Cultura

De acordo com o curta "Ilha das Flores", exibido em sala de aula, os estudantes de Comunicação e Cultura produziram imagens e textos para ilustrar o filme de Jorge Furtado. Confiram as produções desses telencéfalos altamente desenvolvidos com polegares opositores:

Por Andressa Lacerda, Érika Xavier, Francisco Protasio, Julia Guedes, Maria Mendes e Rodrigo Ribeiro
O lixo não é lixo


O que sobra pra quem sobrou

O lixo não é lixo

O lixo não é luxo

O lixo é o que tem

É de quem tem

É a vida de quem não tem

De quem?

Quem não é, e é

De quem sobrou

Faltou.


É o nada e o tudo

É o estranho mundo(mudo)

O que sobra no final

Fim do carnaval

Fome,

Homem.


Por Gustavo S. de Castro e Carolina Akool S. Gonçalves

Liberdade dos felizes, liberdade dos aflitos, liberdade de quem liberta, liberdade de quem morre.
Diversas faces de um só sonho
Sonho que faz brotar esperança
Mas que faz sofrer os abandonados

Injusto é o mundo onde as consequências da liberdade depende de um jogo de sorte.


Por Matheus Marins, Mayara Soares, Jesiel Araújo, Júlia Pacheco e Júlia Câmara


Por Fernando Benevides, Leticia, Felippe, Camila e Lonya

É seu único lugar no mundo
Que é seu abrigo
A sua casa
Que traz a liberdade
Em clima de felicidade
Onde pode ficar nú!
Onde pode ficar
Onde pode ficar nú!
E é tão difícil arrumar isto pra gente...
Não há vitória quando a luta não é justa
Mas só há relutancia por esse mundo melhor
E que nos traz a resposta
E qual é o resultado disso?

Música "Casa", do Cidade Negra.


Por Ana Carolina Martins, Luana Furtado, Carlos Coelho, João Fanara, Gustavo Rocha e Jander Brum

A vida das pessoas que tiram seu sustento do lixo parece ser ignorada por toda sociedade. Em uma lata de lixo está depositada tudo aquilo que as pessoas querem se livrar; seja por nojo ou por sua não utilidade. Misturado a um forte cheiro, recebendo como companhia homens que vagam em meio a esse cenário, retirando seu sustento, transformando restos de alimentos em prato principal, convertendo metais em dinheiro, pescando nesse mar de sujeira o que pode ser a próxima refeição.

A sociedade teima em não olhar para essas pessoas, a cena constrange, mas não é suficiente para pensar na qualidade de vida desses que vivem disputando espaço com animais hostis e nem para o desperdício comprovado e afirmado por cada indivíduo, que tem como sustento o resto dos outros. A seletividade de quem tem apenas as sobras, não é a mesma que se teve para livrar- se de um alimento ou de um objeto. O lixo é um lugar onde está depositado tudo aquilo que ignoramos e temos urgência em tirar da nossa frente, o que não é mais conveniente para nossas vidas e quase no mesmo instante repomos por algo novo, sem pensar que alguém dividirá com moscas, ratos e baratas e fará do objeto do nosso desprezo, a melhor coisa do seu dia .

Clique nas imagens para vê-las com maiores detalhes.

2 comentários:

Unknown disse...

achei bem legal a iniciativa da galera fazer um self made em td...ficou bem mais interessante assim, desde a colagens até os versos relacionados (q naum saum self made mas a associação entre imagem e texto eh) gostei mto, sinceramente achei q fosse aparecer menos, mas q bom q me enganei!

Anônimo disse...

Me emocionei vendo o documentario e isso se repetiu com os trabalhos. Dá pra perceber nosso papel neste sistema de coisas em crise e o quanto contribuimos negativamente sem as vezes perceber...