13.5.09

Senso Comum sobre Cultura - parte 2

Mais alunos realizaram a pesquisa sobre o Senso Comum e Cultura, como Carolina Akool dos Santos Gonçalves, Gustavo Santos de Castro, Beatriz Ferreira, Guilherme Barros e Thiago Nascimento. As mesmas perguntas (O que você entende por cultura? e Qual é a sua cultura?) foram feitas à jovens entre 16 e 27 anos.

Cada pesquisador integrante ficou responsável por entrevistar 3-4 pessoas, sendo no total 19 jovens entrevistados.
Abaixo, o primeiro gráfico totalizando os resultados gerais da pesquisa:

A partir, então, das análises das respostas foi proposta uma divisão das mesmas em grupos, aproximando as que convergiam entre si, nas duas perguntas realizadas.
Entretanto, é importante ressaltar que essas divisões não podem ser consideradas absolutas, já que respostas incluídas em determinados grupos distintos podem se unir e formar outros novos grupos. Mas, para as reflexões e conclusões da pesquisa, divisões específicas foram feitas e serão mostradas a seguir.

O QUE VOCÊ ENTENDE POR CULTURA?

No total de todas as respostas da primeira pergunta foram formados 4 grupos – mostrados no gráfico a seguir – sendo somente uma resposta que não se encaixou em nenhum grupo específico.


QUAL É A SUA CULTURA?

Na segunda pergunta, as respostas foram mais variadas e consistiram em diversos grupos de respostas, que mesmo só contendo uma ou duas respostas, mostram-se interessante destacar, como mostra o gráfico a seguir:


REFLEXÕES A PARTIR DA PESQUISA

Analisando os resultados da primeira pergunta de acordo com o gráfico das porcentagens, podemos ressaltar que quase metade das pessoas englobam em sua definição de cultura aspectos relacionados a tradições, costumes do passado e que são transmitidos através das gerações.
O segundo grupo mais frequente de respostas de definição de cultura trazia cultura como um conjunto de características de um grupo, uma comunidade; sendo os hábitos, crenças, costumes, arte, etc desse grupo.
Em termos gerais, observa-se também que grande parte dos entrevistados não entende cultura como algo produzido pela sociedade e sim como algo "pronto", onde o indivíduo se insere e é influenciado. Ou seja, a maioria não se vê como agente dentro do que considera que é cultura.

Na segunda pergunta, a maioria dos entrevistados não soube definir exatamente a sua cultura, pois identificavam nesta a influência de várias outras culturas.
Para outro grupo, a descrição da própria cultura vem principalmente atrelada às questões territoriais, ou seja, a idéia de pertencimento a uma nação, cidade ou região específica. Identificar-se brasileiro ou carioca, como foi o caso desta pesquisa, é definir todas as características destes coletivos como a própria cultura individual.
O grupo observou durante a pesquisa que os entrevistados encontraram dificuldades em responder esta segunda pergunta, mesmo, a princípio, estando esta diretamente relacionada à outra. Ao pensar em definir a própria cultura, muitos nem retomavam a resposta anterior, já que muitas vezes tentavam responder a primeira pergunta de uma maneira que fosse “agradar” ao pesquisador.
Além disso, foi possível observar como tal reflexão não é tão recorrente para os jovens, o que contribui para a dificuldade de se ter uma resposta formada para as questões propostas.

*Todas as entrevistas, você confere aqui.

12.5.09

Senso Comum sobre Cultura

Os alunos do primeiro período fizeram uma pesquisa para a disciplina Comunicação e Cultura, ministrada pelo professor Marildo Nercolini. O tema: Senso Comum sobre Cultura.

Os estudantes Ana Carolina, Carlos Roberto, Gustavo Rocha, João Fanara e Luana Furtado entrevistaram 20 pessoas de 19 a 25 anos e fizeram as seguintes perguntas: O que você entende por cultura? e Qual é a sua cultura?. Abaixo, algumas das respostas dos entrevistados.

1) Nome: Priscila

Idade: 22 anos

Profissão: Estudante universitária

Instrução: Formada em Geografia e cursando graduação em Turismo


a) O meu entendimento por cultura, se baseia no conceito de que a cultura determina o comportamento do homem, e justifica suas realizações, seu conhecimento intelectual, elegância, religião, crenças e valores morais. O meio em que você vive é que vai determinar a autenticidade do seu conceito de cultura, e através destas justificativas suas ações perante a sociedade e através da cultura em que você veio, é que vai ser determinar seus valores e princípios.


b) Bom, acredito que passei por um processo de aculturação. Sou do município de Capão da Canoa no Rio Grande do Sul, e há sete anos moro no interior do Mato Grosso do Sul. Acredito que essas duas culturas diferentes (a do RS e do MS), entraram em contato e acabaram por produzir uma nova cultura. Minha cultura de berço é a do RS, a do chimarrão, porém hoje acabei por perder o sotaque de gaúcha. Hoje sou adepta do tererê e admiradora do Pantanal. Apesar de tudo isso continua com minhas raízes do RS, porém adotei novos costumes de origem do MS.



2) Nome: Dayane

Idade: 19 anos

Profissão: Estudante universitária

Instrução: Superior (incompleto)


São manifestações étnicas, costumes de vários povos, um conjunto de formas de agir e pensar, de ver o mundo e de viver em sociedade.
É a brasileira fluminense.


3) Nome: Thiago

Idade: 24 anos

Profissão: Programador da UFF

Instrução: Superior incompleto



a) “É o conjunto de coisas que aprendemos em sociedade e usamos no dia-a-dia”.

b) "Carioca, do Rio de Janeiro onde nasci e fui criado"


4) Nome: Bárbara

Idade: 25anos

Profissão: Servidora Pública

Instrução: Ensino superior completo


a) Acho complicado conceituar cultura, diante da significação abrangente do termo. De qualquer forma, ainda que superficialmente, entendo por cultura um complexo de práticas e costumes de determinados grupos. É aquilo que individualiza os grupos e também as pessoas destes grupos, identificando-as e diferenciando-as. Entendo que a cultura também se presta a medir o grau de conhecimento sobre os traços distintivos de outrem.

b) De acordo com o conceito acima, minha cultura é aquilo que me identifica, portanto, poderia dizer que, de uma certa forma, é minha própria rotina que me diferencia. Creio, então, que a minha cultura está mais voltada para o sentido social, isto é, referente às práticas que exerço no cotidiano, precisamente no que se refere ao ramo da minha profissão.


5) Nome: Leila

Idade: 24 anos

Ocupação: Desempregada

Instrução: Ensino Médio Concluído


É como você vê a arte da vida. Como você escolher coisas que o mundo te dá e transforma isso passando a usa –lá no dia-a-dia.
É uma mistura de costumes e comportamentos. Não só o que eu aprendo, mas também o que eu gosto.


Sobre as pessoas entrevistadas, o grupo concluiu que elas consideram cultura como um conjunto de tradições, hábitos e costumes de sua sociedade. Uma coisa bastante comum entre os entrevistados foi a questão do regionalismo, sendo identificado como a sua própria cultura (brasileira, carioca, nordestina, gaúcha, etc).

5.5.09

| Hall, Stuart

| "Hall é hoje, no brasil, um reconhecidíssimo nome da cultura acadêmica. Um dos fundadores da polêmica "pós-disciplina", os Estudos Culturais, hall dirigiu o histórico Centro de Birmingham em seu período mais quente e produtivo. Jamaicano radicado desde 1951 na Inglaterra, onde é conhecido como um intelectual engajado nos debates sobre as dimensões político-culturais da globalização, a política nacional e a articulação teórica dos movimentos anti-racistas, ele tem dois livros publicados no brasil: "Identidades culturais na pós-modernidade" e "Da diáspora: identidades e mediações culturais".
| Introdução de entrevista concedida por Hall a Heloísa Buarque de Hollanda e Liv Sovik. Leia a entrevista na íntegra clicando aqui.

| Stuart Hall, filho de um contador, nasceu em Kingston, Jamaica em 1932. Mudou-se para a Inglaterra, em 1951, para estudar na na Universidade de Oxford.
| Socialista, nos anos 50 somou forças com E.P. Thompson, e Raymond Williams, entre outros, para lançar duas radicais publicações no período, The New Reasoner e a New Left Review".
Trabalhou como professor substituto em Brixton, editou a New Left Review entre 1959 e 1961, e ministrou estudos de mídia no Chelsea College.
| Em 1964 co-escreveu The popular arts; o que resultou em um convite feito por Richard Hoggart para que integrasse o Centre for Contemporary Cultural Studies na Birmingham University; de onde, em 1968 tornou-se o diretor .
| Nos anos seguintes, escreveu muitos artigos incluindo Situating Marx: evaluations and departures (1972), Encoding and decoding in the television discourse (1973), Reading of Max's 1857 introduction to the Grundrise (1973) e Policing the crisis (1978); em 1979 Hall foi apontado professor de sociologia na Open University.
| Outros livros de sua autoria ou com seus textos incluem The hard road to renewal (1988), Resistance through rituals (1989), Modernity and its future (1992), The formation of modernity (1992), Questions of cultural identity (1996), Cultural representations and signifying practices (1997) and Visual cultural (1999).
| Aposentado na Open University em 1997, atualmente dedica-se principalmente a seu posto na Runnymede trust's commission on the future of multi-ethnic britain.

2.5.09

|Nossos primeiros formandos - Mídia

|É hora de festejarmos!!!! Nossa primeira turma de Estudos de Mídia se formou. No dia 29 de abril, Gabriela Hazin, Marcelo Bertolo, Lucas Walterberg, Fernando Souza, Flávia Risi e Aline Carvalho se transformaram nos primeiros bacharéis de Mídia da América Latina. Parabéns a todos nós, alunos e professores.
|Muito boa sorte a todos esses alunos-amigos!!!!