28.12.07

| ... e começamos com os ensaios...


Hoje começamos a postar os ensaios realizados pelos alunos do segundo semestre de 2007, da disciplina de MPB. Os temas são variados, mas todos girando em torno da música brasileira contemporânea.

O primeiro ensaio é "João e a Bossa - primeiros estudos" - de Raquel Valadares:

Devo confessar que não entendo de música. O capítulo da Bossa-Nova é, porém, central na estante lá de casa. Está certo que não somos assíduas compradoras de CD, mas freqüentamos o Belmiro. Isso já é alguma coisa.
A minha ignorância, porém, é bem maior do que eu pensava. Mesmo hoje, após a pesquisa para este trabalho, acredito na absoluta relevância de João Gilberto para a constituição da Bossa-Nova, mas, felizmente, sei que Bossa é mais do que sua “batida”.
O que é, portanto, a Bossa-Nova? Recorri ao querido amigo Gomide – médico anestesista, músico e agitador cultural – que agitasse um estudo musical para mim. Em um dia descobri o Tamba Trio e Leny Andrade, além de, claro, perceber melhor a circunscrição da Bossa-Nova na história e na teoria musical. Com base neste encontro, elaborei um conjunto de apontamentos e indagações, mas, sobretudo, impressões musicais e, sem pestanejar, dei-lhe o nome de “primeiros estudos”. Piada à parte, espero validar-se.

17.12.07

| Álvaro e a vida... literária.


Os talentos literários não têm hora e nem data para serem descobertos. Quando aparecem, precisam ser destacados. Nosso aluno Álvaro Luiz Dias (está no centro da foto ao lado) teve um de seus contos - "João e a Vida" - selecionado em concurso promovido pela UNESCO no Brasil. Foram mais de 41 mil universitários inscritos. Álvaro teve seu texto selecionado entre os 100 melhores e publicado no livro "Como vencer a pobreza e a desigualdade", edição trilingue e com distribuição mundial pela UNESCO. O lançamento foi na Academia Brasileira de Letras no dia 10 de dezembro. Parabéns, rapaz. Você merece!!!

2.12.07

| trabalho bem feito

Abro esse espaço para parabenizar nosso monitor Gueko. Na segunda-feira, dia 26.11, tivemos as apresentações referentes à Semana de Monitoria no IACS. Gueko foi escolhido para representar o Curso de Mídia na segunda etapa, dia 28, no Gragoatá. Deu conta do recado e muito bem! Nosso monitor e nosso blog foram bastante elogiados. Estamos de parabéns!




Também gostaria de parabenizar a todos os monitores de Estudos de Mídia pelo excelente trabalho realizado. Gurizadinha competente!!!





25.11.07

| ode a telencéfalos altamente desenvolvidos e polegares opositores || 03



Da maldita terra
Nasce uma flor
Meio Amarela
De pútrido odor

Fertilizada na indiferença
Adubada no desperdício
Desprezada de nascença
Assim como aquele menino

Seria o mesmo do poeta?
E meu espanto?
Seria o mesmo do poeta?
Não se questiones tanto!

Esqueça-os na ilha
Pois não vão incomodar
Menino e flor maldita
Deixem-me almoçar


| Odor de uma flor inconveniente
| autoria dos alunos juliana chalu e carlos eduardo

| ode a telencéfalos altamente desenvolvidos e polegares opositores || 02

| "Um país não muda somente pela sua economia, pela sua política e nem mesmo pela sua ciência; muda sim pela sua cultura."
| Betinho




| este post consiste em uma "hibridação" das produções dos alunos patrícia carvalho e danielle silva.

| ode a telencéfalos altamente desenvolvidos e polegares opositores || 01

| criar, adaptar e/ou se aproriar de algum produto ou meio, embasados na disciplina de 'comunicação e cultura' relacionando seus conceitos e problematizações ao curta metragem ilha das flores objetivando representar essa ou essas relações sinteticamente - essa foi a proposta da produção que coube aos alunos de 'comunicação e cultura' após uma seçãozinha do filme seguida de reflexões que naturalmente se desdobram da união entre o universo temático da disciplina com o do curta;
| algumas dessas produções ficarão disponíveis aqui para que todos possamos também dialogar com elas.








| "Tô vendo tudo, tô vendo tudo
| Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo"
| O Meu País, Zé Ramalho (Livardo Alves - Orlando Tejo - Gilvan Chaves)


| este post consiste em uma "hibridação" das produções dos alunos liliana pedruzzi, ana carollina moreira e anderson nascimento.

14.11.07

| o rock brasileiro dos anos 70
| alvaro faria

| Uma historia do rock brasileiro, mais ou menos contada, ao longo dos últimos 20 anos, costumava traçar, com pequenas variações, a seguinte genealogia: O rock desembarca no Brasil, temos Celly e Tony Campelo. Depois a Jovem Guarda e o Tropicalismo dos Mutantes, no final dos anos 60. Segue-se então uma rápida passagem pelo (hoje) querido maluco-beleza Raulzito, e finalmente chegamos até a Blitz e ao Rock in Rio 85. E aí sim, temos rock no Brasil! Oh yeah!

| Sempre me perguntei, desde que me tornei fã de rock, onde diabos estavam os anos 70 nessa história. Ninguém mais, além de Raul Seixas e Rita Lee, haviam produzido rock em nossas terras tropicais, ao longo de uma década inteira? Esta pesquisa ― que originou a minha monografia de conclusão de curso ― é resultado direto desta indagação básica: O que foi o rock brasileiro dos anos 70? Segue abaixo um resumão de toda esta história.

| discografia do rock brasileiro dos anos 70*

| 1970
| Mutantes - A Divina Comédia ou Ando meio desligado - Polydor
| Rita lee - Build Up - Polydor
| Som Imaginário - SOM IMAGINÁRIO - Odeon
| O Terço - TERÇO - Forma
| Erasmo Carlos - ERASMO CARLOS E OS TREMENDÕES - RGE
| Novos Baianos - É FERRO NA BONECA! - RGE
| A tribo - A TRIBO (compacto) - Odeon
| Equipe Mercado - EQUIPE MERCADO (compacto) - Odeon


| 1971
| Mutantes - JARDIM ELÉTRICO - Polydor
| Equipe Mercado, Módulo 1000, Som Imaginário e A Tribo - POSIÇÕES (coletânea) - Odeon
| Som Imaginário - SOM IMAGINÁRIO - Odeon
| A tribo - A TRIBO (compacto) - Odeon
| Erasmo Carlos - CARLOS, ERASMO - Philips
| Os Lobos - MIRAGEM - Top Tape


| 1972
| Erasmo Carlos - SONHOS E MEMÓRIAS 1941-1972 - Polydor
| Mutantes - MUTANTES E SEUS COMETAS NO PAÍS DOS BAURETS - Polydor
| Rita Lee & Os Mutantes - HOJE É O PRIMEIRO DIA DO RESTO DA SUA VIDA - Polydor
| O Terço - TERÇO - Continental
| Novos Baianos - ACABOU CHORARE - Som Livre
| Módulo 1000 - NÃO FALE COM PAREDES - Top Tape


| 1973
| Secos e Molhados - SECOS E MOLHADOS - Continental
| A Bolha - UM PASSO À FRENTE - Continental
| Novos Baianos - NOVOS BAIANOS F.C. - Continental
| Guilherme Lamounier - GUILHERME LAMOUNIER - Continental
| Som Imaginário - MATANÇA DO PORCO - Odeon
| Pholhas - DEAD FACES - RCA Victor
| Raul Seixas - KRIG-HA, BANDOLO! - Philips


| 1974
| Moto Perpétuo - MOTO PERPÉTUO - Continental
| Secos e Molhados - SECOS E MOLHADOS - Continental
| A Barca do Sol - A BARCA DO SOL - Continental
| O Som Nosso de Cada Dia - SNEGS - Continental
| Ave Sangria - AVE SANGRIA - Continental
| Novos Baianos - VAMOS PRO MUNDO - Som Livre
| Novos Baianos - LINGUAGEM DO ALUNTE - Continental
| Casa das Máquinas - CASA DAS MÁQUINAS - Som Livre
| Mutantes - TUDO FOI FEITO PELO SOL - Som Livre
| Rita Lee & Tutti Frutti - ATRÁS DO PORTO TEM UMA CIDADE - Philips
| Arnaldo Batista - LÓKI? - Philips
| Raul Seixas - GITA - Philips
| Perfume Azul do Sol - NASCIMENTO - Chantecler
| Pholhas - FOREVER - RCA Victor
| Made in Brazil - MADE IN BRAZIL - RCA Victor
| Erasmo Carlos - 1990 - PROJETO SALVA TERRA! - Polydor


| 1975
Casa das Máquinas - LAR DE MARAVILHAS - Som Livre
| Rita Lee & Tutti Frutti - FRUTO PROIBIDO - Som Livre
| Almôndegas - ALMÔNDEGAS - Continental
| Almôndegas - AQUI - Continental
| O Peso - EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO - Polydor
| Hollywood Rock - Polydor
| O Terço - CRIATURAS DA NOITE - Copacabana
| Pholhas - PHOLHAS - RCA Victor
| Raul Seixas - 20 ANOS DE ROCK - Philips
| Raul Seixas - NOVO AEON - Philips


| 1976
| Mutantes - MUTANTES (single) - Som Livre
| Mutantes - MUTANTES AO VIVO - Som Livre
| Casa das Máquinas - CASA DE ROCK - Som Livre
| Rita Lee & Tutti Frutti - ENTRADAS E BANDEIRAS - Som Livre
| A Barca do Sol - DURANTE O VERÃO - Continental
| Bixo da Seda - BIXO DA SEDA - Continental
| Pão com Manteiga - PÃO COM MANTEIGA - Formula/Continental
| O Terço - CASA ENCANTADA - Copacabana
| Novos Baianos - CAIA NA ESTRADA E PERIGAS VER - Tapecar
| Terreno Baldio - TERRENO BALDIO - Pirata
| Erasmo Carlos - BANDA DOS CONTENTES - Polydor
| Made in Brasil - JACK, O ESTRIPADOR - RCA Victor
| Raul Seixas - HÁ 10 MIL ANOS ATRÁS - Philips
| Flaviola - FLAVIOLA E O BANDO DO SOL - Solar


| 1977
| A Bolha - É PROIBIDO FUMAR - Polydor
| Rita Lee e Gilberto Gil - REFESTANÇA - Som Livre
| O Som Nosso de Cada Dia - SOM NOSSO - CBS
| Almôndegas - ALHOS COM BUGALHOS - Philips
| Raul Seixas - RAUL ROCK SEIXAS - Fontana/Phonogram
| A Cor do Som - A COR DO SOM - WEA
| Novos Baianos - PRAGA DE BAIANO - Tapecar
| Terreno Baldio - ALÉM DAS LENDAS BRASILEIRAS - Continental
| Pholhas - PHOLHAS - RCA Victor
| Arnaldo e a Patrulha do Espaço - ELO PERDIDO - Vinil Urbano


| 1978
| Rita Lee & Tutti Frutti - BABILÔNIA - Som Livre
| Almôndegas - CIRCO DE MARIONETES - Philips
| A Cor do Som - AO VIVO EM MONTREUX - WEA
| Raul Seixas - O DIA EM QUE A TERRA PAROU - WEA
| O Terço - MUDANÇA DE TEMPO - Copacabana
| Novos Baianos - FAROL DA BARRA - CBS
| Arnaldo e a Patrulha do Espaço - FAREMOS UMA NOITADA EXCELENTE - Vinil Urbano
| Erasmo Carlos - PELAS ESQUINAS DE IPANEMA - Polydor
| Made in Brasil - PAULICÉIA DESVAIRADA - RCA Victor


| 1979
| Rita Lee - RITA LEE - Som Livre
| A Barca do Sol - PIRATA - Independente
| A Cor do Som - FRUTIFICAR - WEA
| Raul Seixas - MATA VIRGEM - WEA
| 14 Bis - 14 BIS - EMI Odeon

* extraída da monografia de alvaro faria sobre o rock brasileiro dos 70

8.11.07

| clifford geertz,
a mitologia de um antropólogo

| Clifford Geertz é "o cara" em nossa disciplina de 'comunicação e cultura', conteúdo extra sobre ele não poderia faltar em nosso blog, especialmente nesta semana em que começamos a refletir com e sobre parte de sua obra.
| Abaixo há a transcrição da introdução feita por Victor Aiello Tsu para uma entrevista que Geertz lhe concedeu em 2001 para a Folha de São Paulo, seguida por um link para a íntegra dessa entrevista.

| O aumento na quantidade de comunicações e a maior integração entre os seres humanos não necessariamente tornou a vida mais fácil. Para o antropólogo norte-americano Clifford Geertz, 74, um dos principais deveres dos antropólogos (e do cientista social de maneira geral) neste início de século é tentar fazer com que as diversas sociedades (que são cada vez mais complexas e envolvem cada vez mais pessoas) sejam capazes de atingir algum entendimento entre si.
| Essa é uma das mais relevantes lições do autor de "Nova Luz sobre a Antropologia", livro que está sendo lançado no Brasil nesta semana pela editora Jorge Zahar e reúne desde ensaios críticos à antropologia contemporânea até reflexões autobiográficas (leia trecho na pág. 9).
| Com 18 livros publicados, Clifford Geertz é, depois de Claude Lévi-Strauss, provavelmente o antropólogo cujas idéias causaram maior impacto após a segunda metade do século 20, não apenas para a própria teoria e prática antropológicas, mas também fora de sua área, em disciplinas como a psicologia, a história e a teoria literária.
| Ele é considerado o fundador de uma das vertentes da antropologia contemporânea _a chamada antropologia hermenêutica ou interpretativa. Para o autor (que se graduou em filosofia e inglês antes de decidir ser antropólogo) este volume é uma oportunidade de, no fim de sua carreira, "montar sua própria lenda antes que outros o façam".
Clifford Geertz obteve seu PhD em antropologia em 1956 e desde então conduziu extensas pesquisas de campo que deram origem a livros escritos essencialmente sob a forma de ensaio. Suas pesquisas ocorreram na Indonésia e no Marrocos. Foi o descontentamento com a metodologia antropológica disponível à época de seu estudo, que lhe parecia excessivamente abstrata e de certa forma distanciada da realidade que encontrou em campo, que o levou a elaborar um método novo de análise das informações obtidas entre as sociedades que estudava. Seu primeiro estudo tinha por objetivo entender a religião em Java. No final, foi incapaz de se restringir a apenas um aspecto daquela sociedade _que ele achava que não poderia ser extirpado e analisado separadamente do resto, desconsiderando, entre outras coisas, a própria passagem do tempo.
| Foi assim que ele chegou ao que depois foi apelidado de antropologia hermenêutica. Essa vertente, crucial para o desenvolvimento da contemporânea _e às vezes chamada pós-moderna_ antropologia de matriz norte-americana, é um estudo que pretende entender "quem as pessoas de determinada formação cultural acham que são, o que elas fazem e por que razões elas crêem que fazem o que fazem".
| Uma das metáforas preferidas para definir o que faz a antropologia interpretativa é a da leitura das sociedades como textos ou como análogas a textos. A interpretação se dá em todos os momentos do estudo, da leitura do "texto" cheio de significados que é a sociedade à escritura do texto/ensaio do antropólogo, interpretado por sua vez por aqueles que não passaram pelas experiências do autor do texto escrito.
Na entrevista a seguir, Geertz (de quem já foram editados no Brasil "Interpretação das Culturas", LTC e Guanabara/ Koogan, e "O Saber Local", Vozes) fala do panorama da antropologia atual, daquilo que ele vê como o dever do antropólogo tanto hoje quanto no futuro, dos limites da interpretação e de como a onda de globalização estaria afetando as diversas culturas.

30.10.07

| viva a tropicália, ia, ia, ia, ia

when they beat
on a broken guitar
and on the streets
they reek of tropical charms
the embassies lie in hideous shards
where tourists snore and decay

when they dance in a reptile blaze
you wear a mask
an equatorial haze
into the past
a colonial maze
where there's no more confetti to throw

Viva a bossa, sa, sa
Viva a palhoça, ça, ça, ça, ça
Viva a mata, ta, ta
Viva a mulata, ta, ta, ta, ta
Viva Maria, ia, ia
Viva a Bahia, ia, ia, ia, ia
Viva Iracema, ma, ma
Viva Ipanema, ma, ma, ma, ma
Viva a banda, da, da
Carmen Miranda, da, da, da, da

| imagem | caetano veloso veste Parangolé P4 Capa 1, de Hélio Oiticica em foto de geraldo viola imagem capa da obra de referência sobre a tropicália, o livro Tropicália: a revolution in brazilian culture, organizado por Carlos Basualdo, feita como catálogo para a exposição de mesmo nome.
| versos | excertos das músicas tropicalia, do cantor americano beck, e tropicália de caetano veloso

| concluindo nossas reflexões, pesquisas e desdobramentos sobre toda a tropicália em nossa disciplina de 'mpb', disponibilizamos - como de costume neste nosso blog - alguns links e vídeos interessantíssimos ao nosso aprofundamento e enriquecimento quanto a todo este movimento.


| encontrado e indicado a nós pelo nosso colega pedro, este é o curta-metragem os mutantes, dirigido por antonio carlos da fontoura em 1970 com uma linguagem totalmente tropicalista



| sugestão de nosso colega ícaro, este é o trecho de uma entrevista à globo news em que rita lee comenta sua saída dos mutantes e fala um pouco sobre as influências da banda e sua inserção no movimento tropicalista (trecho 2/3 da entrevista)
| link para o trecho 1/3 desta entrevista
| link para o trecho 3/3 desta entrevista


| tom zé fala sobre rita


| tom zé sobre a bossa nova e a incorporação da guitarra na música brasileira


| tom zé falando sobre o tropicalismo e sobre o "estudando o pagode"

| + tom zé | "Plágio" de Chopin
| + tom zé | Sobre a segregação feminina
| + tom zé | Entrevista com Boris Casoy
| + tom zé | Campanha para economia de energia
| + tom zé | videoclipe de taka-tá, música do álbum DANÇ-ÊH-SÁ de 2006
| estes vídeos de tom zé, foram sugestões dos alunos débora e renato (valeu!)


| spoof produzido por jovens norte americanos, para a música 'tropicalia' do cantor beck, utilizando uma linguagem e referenciais bastante próximos à uma abordagem tropicalista


| imagem | festa de lançamento do disco-manifesto no Avenida Danças, em São Paulo, 12 de agosto de 1968 à frente da orquestra da casa, gal, nara, rogério duprat (de costas), caetano, gil e os mutantes na platéia, os jornalistas alberto helena jr. (de óculos) e chico de assis.


19.10.07

| cai no areal na hora adversa
| É PROIBIDO PROIBIR




| “Mas é isso que é a juventude que diz que quer tomar o poder. Vocês têm coragem de aplaudir esse ano uma música, um tipo de música que vocês não teriam coragem de aplaudir o ano passado. São (sic) a mesma juventude que vão sempre, sempre, sempre matar amanhã o velhote inimigo que morreu ontem. Vocês não estão entendendo nada, nada, nada. Absolutamente nada. Hoje não tem Fernando Pessoa. Hoje eu vim dizer aqui que quem teve coragem de assumir a estrutura de festival não com medo que o Sr. Chico de Assis pediu, mas com coragem... Quem teve esta coragem de assumir essa estrutura e fazê-la explodir foi Gilberto Gil e fui eu. Não foi ninguém. Foi Gilberto Gil e fui eu. Vocês estão por fora. Vocês não vão vencer. Mas que juventude é essa? Que juventude é essa? Vocês jamais conterão ninguém. Vocês são iguais sabe a quem? - Tem som no microfone? - Vocês são iguais sabe a quem? Aqueles que foram no Roda-viva e espancaram os atores. Vocês não diferem em nada deles. Vocês não diferem em nada. E por falar nisso, viva Cacilda Becker, viva Cacilda Becker! Estou comprometido a dar esse viva aqui, não tem nada a ver com vocês. O problema é o seguinte, vocês estão querendo policiar a música brasileira. O Maranhão apresentou, este ano, uma música com arranjo de Charleston. Sabem o que foi? Foi a ‘Gabriela’ do ano passado, que ele não teve coragem de, no ano passado, apresentar, por ser americana. Mas eu e o Gil já abrimos esse caminho. O que vocês querem? Eu vim aqui pra acabar com isso. Eu quero dizer ao júri me desclassifiquem, eu não tenho nada a ver com isso, nada a ver com isso. Gilberto Gil. Gilberto Gil está aqui comigo para nós acabarmos com o festival e com toda a imbecilidade que reina no Brasil. Acabar com isso tudo de uma vez. Nós só entramos em festival pra isso, não é ... Não fingimos aqui que desconhecemos o que seja o festival, não. Ninguém nunca me ouviu falar assim, entendeu. Mas eu tenho que dizer isso, baby. Sabe como é. Nós, eu e ele, tivemos coragem de entrar em todas as estruturas e sair de todas. E vocês... Se vocês forem em política como forem em estética, estamos feitos. Me desclassifiquem junto com o Gil. Junto com ele, tá entendendo. E quanto a vocês... O júri é muito simpático, mas é incompetente. Deus está solto. (Volta a cantar:)
| “Me dê um beijo meu amor / Eles estão nos esperando / Os automóveis ardem em chama / (Berrando) Derrubar as prateleiras, as estantes, as estátuas, as vidraças, livros, sim. / E eu digo sim. E eu digo não ao não. E eu digo / (Gritando) É proibido, proibir (fora de tom, sem melodia).
Como é júri não acertaram qualificar a melodia de Gilberto Gil? Ficaram por fora. Gil fundiu a cuca de vocês, heim! É assim que eu quero ver. Chega!”*


| discurso feito por Caetano durante eliminatórias do III Festival Internacional da Canção Popular, em 15 de setembro de 1968 no TUCA, Teatro da Universidade Católica, em São Paulo.
| *trancrição feita por Héber Fonseca, 1993, p.91.





| caetano acompanhado pelo guitarrista lenny gordin (seu principal guitarrista em muitas das músicas gravadas nos anos 60 e 70) canta 'é proibido proibir' numa ediçao especial, em homenagem aos 40 anos da 'tropicália, do programa 'circo do edgar' do canal gnt.



A mãe da virgem diz que não
E o anúncio da televisão
Estava escrito no portão
E o maestro ergueu o dedo
E além da porta há o porteiro, sim
E eu digo não
E eu digo não ao não
E eu digo é proibido proibir

É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir

Me dê um beijo, meu amor
Eles estão nos esperando
Os automóveis ardem em chamas
Derrubar as prateleiras
As estantes, as estátuas
As vidraças, louças, livros, sim
E eu digo sim
E eu digo não
E eu digo é proibido proibir

É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir


Cai no areal na hora adversa
Que Deus concede aos seus
Para o intervalo em que esteja a alma imersa
Em sonhos que são Deus

Que importa o areal e a morte e a desventura
Se com Deus me guardei?

O que eu me sonhei que eterno dura
Esse que regressare.



| letra de "É proibido proibir"
| o trecho em itálico corresponde a poema de Fernando Pessoa

| o bicho


Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.


Manuel Bandeira
Rio, 27 de dezembro de 1947


| povo de 'comunicação e cultura', deixo também o poema relacionado em sala com a abordagem do curta 'ilha das flores'
v

| ode a telencéfalos altamente desenvolvidos e polegares opositores



| povo de 'comunicação e cultura'... dia 13 de novembro, aguardo algumas produções de vcs no meu e-mail. Aproveitem a total e completa liberdade de criação. Qualquer material e formato é válido, o importante é ter sido produzido, interpretado ou reapropriado por vcs traçando reflexões com o curta e com os conceitos, nele presentes, pertinentes ao universo teórico problematizado em nossa disciplina.

| alguns materiais desenvovidos pela turma do último semestre estão disponíveis entre os arquivos do nosso blog sob o título 'produções de telencéfalos altamente desenvolvidos e polegares opositores'
| deixo abaixo uma série de links q podem lhes conceder mais ferramentas para essa atividade

| té


| parte 1 de 3, 'ilha das flores' no youtube

16.10.07

| tropicália

| "No início há uma palavra, Tropicália, e um encontro mítico: Hélio Oiticica e Caetano Veloso. O ano é 1967. Oiticica era um agente provocador das artes brasileiras e Caetano, um cantor jovem disposto a pôr suas idéias em circulação. Em abril, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro recebia a exposição Nova Objetividade Brasileira, e nela Oiticica apresentava a instalação Tropicália, um ambiente em forma de l abirinto com p lantas, areia, araras, um aparelho de TV e capas de Parangolé (um tipo de obra de arte feita para ser usada como roupa). Depois de "Tropicália, a obra", surge "Tropicália, a música". "Ouvi primeiro o nome Tropicália, sugerido como título para minha canção, do cineasta Luís Carlos Barreto, que me ouviu cantá-la em São Paulo e se lembrou do trabalho de um tal Hélio Oiticica. Resisti a pôr em minha música o nome da obra de um cara que eu nem conhecia", lembra Caetano Veloso. Depois da canção, "Tropicália, o disco". Lançado em 1968, o LP Tropicália: ou Panis et Circenses reúne Gilberto Gil, Caetano, Tom Zé, Gal Costa, Os Mutantes e Nara Leão. Tropicália foi ainda a moda colorida, um jeito feliz de namorar e um programa de domingo pela televisão. Surgia, assim, "Tropicália, o movimento".
| A história continua, 40 anos depois, com "Tropicália, a exposição". Tropicália Uma Revolução na Cultura Brasileira (1967-1972) chega ao Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (o mesmo onde Hélio Oiticica, morto em 1980, aos 43 anos, exibiu sua obra fundadora) neste mês, após ter passado pelos Estados Unidos, Alemanha e Inglaterra. A exposição foi elaborada pelo Museu de Arte Contemporânea de Chicago e o Museu do Bronx, de Nova York, na esteira da redescoberta do trabalho e do pensamento de Oiticica a partir de meados da década passada. Os tropicalistas brasileiros conseguiram algo raro e poderoso na cultura: uma inesperada trapaça com o tempo. Hoje, a Tropicália interessa ao mundo. Do mesmo modo que Marcel Duchamp faz mais sentido para a arte agora do que Pablo Picasso (com sua concepção de que uma idéia é já uma criação artística), o Tropicalismo ganha neste início de século um caráter mundial. Mas o que aconteceu para que algo tão brasileiro passasse a ser tão sedutor? (...)"
| excerto da matéria "Tropicália - O Movimento que Não Terminou", por Marcelo Rezende publicada na Revista Bravo (clique e a acesse na íntegra)

| imagem| foto registrada por uma jovem canadense - na obra 'eden' de hélio oiticica em sua visita a exposição 'tropicália' em londres - e publicada em um de seus álbuns virtuais no sítio flickr (uma pena... na montagem brasileira, ao contrário da londrina, da alemã e da norte americana, não é permitido fotografar)


| imagem de partes das obras "tropicália" (à frente da cerca de palha) e "éden" (atrás da cerca de palha) de hélio oiticica





| mutantes, interpretando a canção "panis et circenses" em 1969 na tv cultura




| vídeo do cantor e compositor estado-unidense beck, interpretando sua canção "tropicália" ao vivo em um show em lisboa




| vídeo entitulado "Tropicália" captado, editado e publicado por uma jovem francesa feito com imagens de uma viagem por uma região dos estados unidos junto a sua família na qual a música "A Minha Menina" dos Mutantes é utilizada na trilha. "Listening good music!"




"Eu é que inventei. Depois o Caetano, que eu nem conhecia, fez a música e o nome ficou conhecido. De modo que eu inventei a Tropicália e eles inventaram o Tropicalismo."
Hélio Oiticica |


| foto da obra de lygia pape, "roda de prazeres" de 1968, registrada pela mesma jovem canadense citada acima em sua visita a exposição "tropicália - a revolution in brazilian culture" em londres

| clique e visite a exposição virtual com obras da Tropicália organizada e disponibilizada pelo sítio da revista Bravo
| aqui, link para o sítio sobre o movimento tropicalista que o uol possui


| + | sítio do museu londrino barbican, para a exposição "tropicália - a revolution in brazilian culture"

| + | a
álbuns dipoiníveis no flickr com fotos feitas por norte americanos e europeus em diferentes montagens desta exposição álbum 1 |álbum 2 | álbum 3

| + | link para a "versão para impressão" da matéria com a qual iniciei esta postagens, "Tropicália - O Movimento que Não Terminou", por Marcelo Rezende publicada na Revista Bravo!

11.10.07

| age of aquarius


| "A contracultura foi um movimento dos anos 60, quando teve lugar um estilo de mobilização e contestação social e com ele novos meios de comunicação em massa. Jovens inovando estilos, voltando-se mais para o anti-social aos olhos das famílias mais conservadoras, com um espírito mais libertário, resumindo como uma cultura underground, cultura alternativa ou cultura marginal, focada principalmente nas transformações da consciência, dos valores e do comportamento, na busca de outros espaços e novos canais de expressão para o indivíduo e pequenas realidades do cotidiano."



| de passagem por Nova York, um dia antes de embarcar para a Guerra do Vietnã, um rapaz do interior conhece um grupo de hippies, com os quais passa a conviver . Com eles, ele aprende a ver o outro lado de uma guerrA, e se apaixona por uma jovem de família rica.

| contestação, contracultura ...
| assistiremos a adaptação cinematográfica do musical HAIR onde traçaremos paralelos introdutórios com a nossa Tropicália


| + | link para a página do filme no imdb
| + | link para o verbete do filme na wikipedia
| + | página do filme no portal de cinema "adoro cinema"
| + | link para o verbete do musical que originou o filme
| + | site oficial do musical

9.10.07

| chauí

| “Se abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum for útil; se não se deixar guiar pela submissão às idéias dominantes e aos poderes estabelecidos for útil; se buscar compreender a significação do mundo, da cultura, da história for útil; se conhecer o sentido das criações humanas nas artes, nas ciências e na política for útil; se dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios para serem conscientes de si e de suas ações numa prática que deseja a liberdade e a felicidade para todos for útil, então podemos dizer que a Filosofia é o mais útil de todos os saberes de que os seres humanos são capazes."

| filósofa e professora da Faculdade de Letras e Ciências Humanas da USP, FFLCH, Marilena Chauí é reconhecida, não só pela sua produção acadêmica, mas pela participação efetiva no contexto do pensamento e da política brasileira.

| + | perfil de Marilena Chauí no portal da FFLCH - USP
| + | seu verbete na wikipedia (em português)
| + | matéria publicada no sítio do Observatório da Imprensa à época do "mensalão", sobre o polemizado suposto silêncio adotado por Marilena Chauú, importante nome na construção do Partido dos Trabalhadores, publicando inclusive, integralmente o conteúdo da carta que destinou a seus alunos tratando das críticas que então recebia dos meios de comunicação

| fonte da citação| artigo publicado no sítio do CDCC - USP (Centro de Divulgação Científica e Cultural)

3.10.07

| chico

| "Chico Buarque sempre manteve uma atitude comportamental distante do escândalo. Nem o apelo visual nem o movimento foram marcas da presença de Chico no palco. Sua insatisfação e rebeldia, se não apareciam na maneira de vestir-se e de apresentar-se, apareciam nas suas composições musicais e nas suas produções teatrais e literárias.
| Compor usando a linguagem da fresta, a linguagem do metafórico, do elíptico: Chico foi um mestre nessa forma de expressão. Se no princípio suas composições eram mais líricas, marcadas pelo tom orfêico, com as transformações funestas por que o Brasil foi passando a partir de 64, Davi toma o lugar de Orfeu: o lirismo dá lugar ao protesto, o carnaval dá lugar ao triste cotidiano de uma intelectualidade obrigada a calar-se, de uma população obstruída de pensar a própria realidade em que vivia, pois estava cerceada a livre expressão.
| Chico transformou-se em porta-voz de uma intelectualidade calada à força. Seus discos eram exaustivamente ouvidos e analisados. Suas composições eram dissecadas por sociólogos, antropólogos, jornalistas, universitários, sedentos por encontrar nelas as palavras, as idéias que lhes eram interditadas.
| A canção popular passou a ser um dos poucos canais de manifestação. Não que ela também não tenha sofrido a repressão, o próprio Chico Buarque é testemunha de como a censura não deixava ninguém se expressar livremente: teve algumas de suas composições proibidas, viu-se obrigado a alterar versos de outras para que fossem liberadas, sem falar de sua peça de teatro Calabar, elogio da traição proibida dias antes de sua estréia, ou Roda-viva, cujos artistas foram espancados no Rio e em Porto Alegre.
| Apesar da perseguição, a criatividade buarqueana foi capaz de enganar muitas vezes a censura e ser a voz de quem estava calado à força. Difícil fazer desaparecer ou calar alguém que estava na “boca do povo”, nas rodas de samba, nas conversas de botequins, ou era tema de discussões entre estudantes universitários. Chico teve uma trajetória de luta e confrontamento com a ditadura militar, liderando ou participando de movimentos que buscavam a derrubada de uma famigerada casta imbuída de poderes de vida e morte sobre as pessoas. (...)"
| trecho inicial do capítulo "AGORA FALANDO SÉRIO: CHICO BUARQUE" da tese de mestrado de Marildo José Nercolini, " Artista-intelectual: a voz possível em uma sociedade que foi calada; uma análise sociológica da obra de Chico Buarque e Caetano Veloso no Brasil dos anos 60 - Porto Alegre: UFRGS. 1997. p.82-146"
| clique e acesse a íntegra desse capítulo




| falando em chico, anos 60, mpb... nosso aluno, Petra, encontrou no youtube esse vídeo do boicote à apresentação de "Cálice" (este vídeo tbm traz outras imagens do período em sua edição). Boicotada pela censura do regime militar à época no show Phono 73, que a gravadora Phonogram (ex Philips, e depois Polygram) organizou no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo, em maio de 1973, teve os microfones desligados durante sua apresentação.
| clique e acesse uma nota sobre este fato por Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello
| clique e acesse uma nota por Humberto Werneck sobre o mesmo boicote

| + | página para sua seção no portal de música vagalume
| + | página de seu perfil no cliquemusic
| + | verbete de chico na wikipedia (pt - brasil)
| + | site sobre sua personalidade e obra no portal uol

26.9.07

| tropicália,
uma revolução na cultura brasileira

| "No início há uma palavra, Tropicália, e um encontro mítico: Hélio Oiticica e Caetano Veloso. O ano é 1967. Oiticica era um agente provocador das artes brasileiras e Caetano, um cantor jovem disposto a pôr suas idéias em circulação. Em abril, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro recebia a exposição Nova Objetividade Brasileira, e nela Oiticica apresentava a instalação Tropicália, um ambiente em forma de l abirinto com p lantas, areia, araras, um aparelho de TV e capas de Parangolé (um tipo de obra de arte feita para ser usada como roupa). Depois de "Tropicália, a obra", surge "Tropicália, a música". "Ouvi primeiro o nome Tropicália, sugerido como título para minha canção, do cineasta Luís Carlos Barreto, que me ouviu cantá-la em São Paulo e se lembrou do trabalho de um tal Hélio Oiticica. Resisti a pôr em minha música o nome da obra de um cara que eu nem conhecia", lembra Caetano Veloso. Depois da canção, "Tropicália, o disco". Lançado em 1968, o LP Tropicália: ou Panis et Circenses reúne Gilberto Gil, Caetano, Tom Zé, Gal Costa, Os Mutantes e Nara Leão. Tropicália foi ainda a moda colorida, um jeito feliz de namorar e um programa de domingo pela televisão. Surgia, assim, "Tropicália, o movimento".
| A história continua, 40 anos depois, com "Tropicália, a exposição". Tropicália Uma Revolução na Cultura Brasileira (1967-1972) chega ao Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (o mesmo onde Hélio Oiticica, morto em 1980, aos 43 anos, exibiu sua obra fundadora) neste mês, após ter passado pelos Estados Unidos, Alemanha e Inglaterra. A exposição foi elaborada pelo Museu de Arte Contemporânea de Chicago e o Museu do Bronx, de Nova York, na esteira da redescoberta do trabalho e do pensamento de Oiticica a partir de meados da década passada. Os tropicalistas brasileiros conseguiram algo raro e poderoso na cultura: uma inesperada trapaça com o tempo. Hoje, a Tropicália interessa ao mundo. Do mesmo modo que Marcel Duchamp faz mais sentido para a arte agora do que Pablo Picasso (com sua concepção de que uma idéia é já uma criação artística), o Tropicalismo ganha neste início de século um caráter mundial. Mas o que aconteceu para que algo tão brasileiro passasse a ser tão sedutor? (...)"
| excerto da matéria "Tropicália - O Movimento que Não Terminou", por Marcelo Rezende publicada na Revista Bravo (clique e a acesse na íntegra)

| imagem| foto registrada por uma jovem canadense - na obra 'eden' de hélio oiticica em sua visita a exposição 'tropicália' em londres - e publicada em um de seus álbuns virtuais no sítio flickr (uma pena... na montagem brasileira, ao contrário da londrina, da alemã e da norte americana, não é permitido fotografar)


| imagem de partes das obras "tropicália" (à frente da cerca de palha) e "éden" (atrás da cerca de palha) de hélio oiticica





| mutantes, interpretando a canção "panis et circenses" em 1969 na tv cultura




| vídeo do cantor e compositor estado-unidense beck, interpretando sua canção "tropicália" ao vivo em um show em lisboa




| vídeo entitulado "Tropicália" captado, editado e publicado por uma jovem francesa feito com imagens de uma viagem por uma região dos estados unidos junto a sua família na qual a música "A Minha Menina" dos Mutantes é utilizada na trilha. "Listening good music!"




"Eu é que inventei. Depois o Caetano, que eu nem conhecia, fez a música e o nome ficou conhecido. De modo que eu inventei a Tropicália e eles inventaram o Tropicalismo."
Hélio Oiticica |


| foto da obra de lygia pape, "roda de prazeres" de 1968, registrada pela mesma jovem canadense citada acima em sua visita a exposição "tropicália - a revolution in brazilian culture" em londres

| clique e visite a exposição virtual com obras da Tropicália organizada e disponibilizada pelo sítio da revista Bravo
| aqui, link para o sítio sobre o movimento tropicalista que o uol possui


| + | sítio do museu londrino barbican, para a exposição "tropicália - a revolution in brazilian culture"

| + | álbuns dipoiníveis no flickr com fotos feitas por norte americanos e europeus em diferentes montagens desta exposição álbum 1 |álbum 2 | álbum 3

| + | link para a "versão para impressão" da matéria com a qual iniciei esta postagens, "Tropicália - O Movimento que Não Terminou", por Marcelo Rezende publicada na Revista Bravo!

| era dos festivais,
a coroação da mpb



| "os festivais da canção exibidos por emissoras de TV entre 1966 e 1968 seduziram o público, abriram alas para o tropicalismo e mudaram o significado da expressão "música popular brasileira""




| abaixo, seguem alguns vídeos clássicos dessa "era dos festivais", infelizmente falta o talvez mais clássico deles, elis cantando 'arrastão', música de vinicius de moraes e edu lobo que ganhou o Festival de Música Popular Brasileira de 1965; simplesmente ñ há vídeos desta apresentação em sites de compartilhamento de vídeos como o youtube e o dailymotion; no youtube há uma versão cuja visualização não é mais permitida.
: (


| chico buarque de hollanda, que se revelou ao público brasileiro quando ganhou o 2° Festival de Música Popular Brasileira em 1966, pela TV Record, com "A Banda", interpretada por Nara Leão



| neste Festival de 1966 houve um empate no primeiro lugar, "A banda" de Chico e "Disparada", de Geraldo Vandré.


| também no 2º Festival de Música Popular Brasileira, da TV Record, em São Paulo, "Ensaio geral", música de Gilberto Gil interpretada por Elis Regina, se classifica em quinto lugar.



| gil apresenta sua música "Domingo no parque", acompanhado do conjunto Os Mutantes, no 3º Festival de Música Popular Brasileira (no qual concorreu também com "Bom dia", parceria com Nana Caymmi), da TV Record; a canção terminou classificada em segundo lugar



| Video do tbm clássico momento em que o cantor e compositor Sergio Ricardo quebra seu violão e o joga à platéia que o vaiava na música "Beto Bom de Bola", no Festival da Record de 1967.



| Em 1968, chico buarque voltou a vencer outro Festival, o 3° Festival Internacional da Canção da TV Globo; como compositor, em parceira com Tom Jobim, a canção "Sabiá" lhe deu o primeiro lugar, contudo, desta vez a vitória foi contestada pelo público, que preferiu a canção que ficou em segundo lugar: "Pra não dizer que não falei de flores", de Geraldo Vandré.
| (este vídeo é um spoof feito com apropriações de imagens da época relacionadas aos movimento de combate à ditadura - dos quais esta música virou ícone à época -, porém o som é o original deste festival)



| Alegria, Alegria, de autoria de Caetano Veloso - 4ª finalista do Festival da Record de 1967 - foi um dos marcos iniciais do movimento tropicalista em 1967.
| em parte inspirado pelo sucesso de A Banda, de Chico Buarque, que havia concorrido no Festival de música da Record do ano anterior, Caetano quis compor uma marcha assim como a canção de Chico. Ao mesmo tempo, queria que fosse uma música contemporânea, pop, lidando com elementos da cultura de massa da época.
| a letra possui uma estrutura cinematográfica, conforme definiu Décio Pignatari, trata-se de uma "letra-câmera-na-mão", citando o mote do Cinema Novo. Caetano ainda incluíu uma pequena citação do livro As Palavras, de Jean-Paul Sartre: "nada nos bolsos e nada nas mãos", que acabou virando "nada no bolso ou nas mãos".
| como a idéia do arranjo incluía guitarras elétricas, Caetano e seu empresário na época, Guilherme Araújo convidaram o grupo argentino radicado em São Paulo Beat Boys. O arranjo foi fortemente influenciado pelo trabalho dos Beatles.


| além de todos este vídeos, disponibilizamos aqui em nosso blog, um trabalho produzido por uma dupla de alunos da nossa disciplina "música popular e comunicação de massa" 2006/2, Cleber Alves e Paula Nóbrega, sobre esta "Era dos Festivais" (clique no excerto abaixo para acessar a íntegra do trabalho)
| "(...) Na década de 60, a música popular brasileira revelou grandes compositores e intérpretes através de tais festivais de música. Estes festivais eram como uma resposta à política repressora de um governo ditador, através de linguagens metafóricas presentes nas letras das músicas. Os festivais contavam com a nata da MPB, que nesse período de intensa contestação política (engajamento) e sob o domínio do regime militar (repressão), era tida como porta voz dos estudantes. Além do que, serviram também para abrir espaço para novos cantores e compositores, o que revelou novos nomes dentro da MPB. Dentre esses nomes é possível destacar alguns que posteriormente ficaram bastante conhecidos, como Gilberto Gil, Geraldo Vandré, Caetano Veloso, Tom Zé e Chico Buarque (...)"


| + | "ARRASTÃO" VENCEU FACIL FESTIVAL, MAS OUTRA MUSICA DE VINICIUS NÃO CONVENCEU título de matéria publicada na Folha de S. Paulo, na quinta-feira, 08 de abril de 1965 sobre o Festival daquele ano
| + | link para a letra e cifra de "arrastão"
| + | "GRANDES FESTIVAIS DE MÚSICAS" matéria disponibilizada num sítio bem simplizinho porém muito rico ao apresentar uma cronologia dos principais festivais de 1965 e de 1985, apresentando inclusive algumas das canções participantes e algumas das vitoriosas.

| pequeno dicionário 'kuperiano'

| o livro 'Cultura: a visão dos antropólogos' de Adam Kuper (EDUSC, 2002) será trabalhado esta semana em comunicação e cultura. todos já devem estar com cópia do capítulo 1 na mão: 'cultura e civilização: intelectuais franceses, alemães e ingleses, 1930-1958', porém, no texto kuper utiliza algumas palavras em alemão cuja compreensão do sentido é fundamental para uma boa apreensão e conseqüente reflexão deste conteúdo.

| nosso blog está facilitando pra todo mundo e disponibilizando os principais termos utilizados com sua tradução mais apropriada no nosso português.

| volk: povo, nação;
| geist: espírito, mente;
| bildung: educação, instrução, cultura, formação, organização;
| wissenschaft: ciência;
| kulturwissenschaft: ciência da cultura;
| geisteswissenschaften: ciência da mente, do espírito;

| fonte: biblioteca uol - dicionário alemão michaelis

20.9.07

| pátria minha


Vinicius de Moraes, Pátria Minha

| extraído do livro "Vinicius de Moraes - Poesia Completa e Prosa", Editora Nova Aguilar - Rio de Janeiro, 1998, pág. 383





A minha pátria é como se não fosse, é íntima
Doçura e vontade de chorar; uma criança dormindo
É minha pátria. Por isso, no exílio
Assistindo dormir meu filho
Choro de saudades de minha pátria.

Se me perguntarem o que é a minha pátria direi:
Não sei. De fato, não sei
Como, por que e quando a minha pátria
Mas sei que a minha pátria é a luz, o sal e a água
Que elaboram e liquefazem a minha mágoa
Em longas lágrimas amargas.

Vontade de beijar os olhos de minha pátria
De niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos...
Vontade de mudar as cores do vestido (auriverde!) tão feias
De minha pátria, de minha pátria sem sapatos
E sem meias pátria minha
Tão pobrinha!

Porque te amo tanto, pátria minha, eu que não tenho
Pátria, eu semente que nasci do vento
Eu que não vou e não venho, eu que permaneço
Em contato com a dor do tempo, eu elemento
De ligação entre a ação o pensamento
Eu fio invisível no espaço de todo adeus
Eu, o sem Deus!

Tenho-te no entanto em mim como um gemido
De flor; tenho-te como um amor morrido
A quem se jurou; tenho-te como uma fé
Sem dogma; tenho-te em tudo em que não me sinto a jeito
Nesta sala estrangeira com lareira
E sem pé-direito.

Ah, pátria minha, lembra-me uma noite no Maine, Nova Inglaterra
Quando tudo passou a ser infinito e nada terra
E eu vi alfa e beta de Centauro escalarem o monte até o céu
Muitos me surpreenderam parado no campo sem luz
À espera de ver surgir a Cruz do Sul
Que eu sabia, mas amanheceu...

Fonte de mel, bicho triste, pátria minha
Amada, idolatrada, salve, salve!
Que mais doce esperança acorrentada
O não poder dizer-te: aguarda...
Não tardo!

Quero rever-te, pátria minha, e para
Rever-te me esqueci de tudo
Fui cego, estropiado, surdo, mudo
Vi minha humilde morte cara a cara
Rasguei poemas, mulheres, horizontes
Fiquei simples, sem fontes.

Pátria minha... A minha pátria não é florão, nem ostenta
Lábaro não; a minha pátria é desolação
De caminhos, a minha pátria é terra sedenta
E praia branca; a minha pátria é o grande rio secular
Que bebe nuvem, come terra
E urina mar.

Mais do que a mais garrida a minha pátria tem
Uma quentura, um querer bem, um bem
Um libertas quae sera tamem
Que um dia traduzi num exame escrito:
"Liberta que serás também"
E repito!

Ponho no vento o ouvido e escuto a brisa
Que brinca em teus cabelos e te alisa
Pátria minha, e perfuma o teu chão...
Que vontade de adormecer-me
Entre teus doces montes, pátria minha
Atento à fome em tuas entranhas
E ao batuque em teu coração.

Não te direi o nome, pátria minha
Teu nome é pátria amada, é patriazinha
Não rima com mãe gentil
Vives em mim como uma filha, que és
Uma ilha de ternura: a Ilha
Brasil, talvez.

Agora chamarei a amiga cotovia
E pedirei que peça ao rouxinol do dia
Que peça ao sabiá
Para levar-te presto este avigrama:
"Pátria minha, saudades de quem te ama...
Vinicius de Moraes."

15.9.07

| outras bossas

| após a seçãozinha super cineminha com "Vinicius" na última aula de 'mpb', seguimos adiante nestas explorações e reflexões à cerca da nossa música popular.
| o excerto abaixo, integra a dissertação de mestrado*, do nosso professor, marildo, e trata justamente deste momento posterior a "clássica bossa nova"
| clique nele e terá acesso a integra dessa fração da dissertação.

* NERCOLINI, Marildo José. Artista-intelectual: a voz possível em uma sociedade que foi calada; uma análise sociológica da obra de Chico Buarque e Caetano Veloso no Brasil dos anos 60. Tese de mestrado. Porto Alegre: UFRGS. 1997. PP. 58-86.

12.9.07

| vinicius

| De manhã, escureço
| de dia, tardo
| de tarde, anoiteço
| de noite, ardo
| a oeste, a morte, contra quem vivo
| do sul cativo, o oeste é meu norte
| outros que contem, passo por passo
| eu morro ontem
| nasço amanhã
| ando onde há espaço
| meu tempo é quando.


| Vinicius de Moraes

| nesta quinta, 13 de setembro, exibiremos na aula de mpb, o filme "Vínicius - Quem pagará o enterro e as flores se eu me morrer de amores?" de Miguel Faria Jr. Alunos e não alunos estão mais que convidados.

11.9.07

| 11

| "Como alguém que padece de amnésia, os EUA amanheceram no dia 11 de setembro em meio a uma guerra, simplesmente para dar-se conta de que ela estava transcorrendo há anos."
| Naomi Klein



| imagem|
| "Terroranschlag in den USA" do artista plástico alemão Otto Lenk

7.9.07

| és samba e jongo, xiba e fado

| em nossa última aula de mpb, refletimos sobre a miscigenação que alicerça histórica e contemporaneamente nossa música popular através, principalmente, de elementos das culturas africana, européia e indígena.
| uma música foi o foco de nossa atenção, 'pelo telefone', música de donga, cuja gravação em 1917 torna-a, para muitos, o primeiro samba da história.


| vídeo de 1966, onde donga e chico buarque cantam 'pelo telefone', acompanhados por hebe camargo e pixinguinha!!!
| viva o youtube! viva a web 2.0!


| deixo tbm, o link para este outro vídeo no qual donga e joão da baiana, em trechos de entrevistas, falam sobre a questão 'bahia - rio de janeiro' enquanto origem do samba
| infelizmente o usúario responsável por sua publicação no youtube, ñ permite sua visualização fora do sítio. mas o link t'aí!


| bom... esta aula foi muito boa! mas, véspera de feriado e blahs... muitos estavam literalmente viajando. segue um resuminho blz?
| ouvimos vários sambas clássicos, muitos nas suas gravações originais e tals...
refletimos sobre esssas questões da tríplice raiz cultural que alicerça nossa mpb e culturas brasileiras como um todo e utilizando como referência o texto de Luiz Tatit (presente na pasta mpb na salinha de cópias do iacs), sintetizamos uma linha histórica e estilística dessas raízes junto aos momentos e principais motivos para seus mais representativos contatos.
| definimos tbm o que seria o tripé da canção popular:
| aparato rítmico (percussão)
| melodias que traziam a fala cotidiana, oral...
| inflexão romântica - abstração sublime

| para concluir esse post, disponibilizo tbm um link para o soneto utilizado pelo marildo como introdução a essa aula; 'música brasileira' de olavo bilac.


| e para os superinteressadinhos e superinteressadinhas, ratifico aqui uma dica deixada tbm por marildo na quinta, o sítio brasileirinho.mus.br, infelizmente este portal ainda ñ é muito bem estruturado mas seu vasto conteúdo compensa essa questão.


| é isso aí...
| bom feriado, bom fim de semana...
| muita música pra todo mundo!
| té

5.9.07

| arrombou a festa paratodos e pra ninguém

| olá pessoas de 'mpb'
| já deixo por cá links para as letras das músicas trabalhadas em nossa primeira aula

| Rita Lee e Paulo Coelho, Arrombou a Festa - 1976
| Rita Lee e Paulo Coelho, Arrombou a festa 2 – 1979
| Chico Buarque, Paratodos - 1993
| Caetano Veloso, Pra ninguém - 1997


| abraços povo
| té mais

| tem mas acabou...

| olá pessoas!
| alunos antigos, novos, ñ-alunos... sejam sempre bem vindos!

| deixamos neste post, um videozinho do encontro de encerramento das disciplinas de 'comunicação e cultura' e de 'estudos culturais' no fim do período passado (2007/1) junto a um outro, feito com imagens de uma das apresentação dos trabalhos finais de 'ec', o trabalho: 'e Willians encontra a Factory - a “estrutura de sentimento” e o “residual, emergente e dominante” de Raymond Willians na Silver Factory de Andy Warhol como vanguarda das revoluções culturais da década de 60'; trabalho no qual rolou cosplay e até sopinha campbell's tipo de brinde.



| culturama uff encerramento 2007/1


| e Willians encontra a Factory imagens da apresentação




| bom...
| foi um imenso prazer passar este último semestre com vocês
| sei que essas são minhas plavras e tbm do marildo
| aliás, sei que essas são as palavras da grnade maioria dos alunos de 2007/1 de ambas as nossas disciplinas
| nossa empatia, nosso excelente clima... bom demais não?
| beijos pessoas
| té

| 'música popular e comunicação de massa
| mpb 2007/2

| programinha da disciplina de 'música popular e comunicação de massa 2007/2'
| http://arquivoculturamauff.blogspot.com/2007/09/msica-popular-e-comunicao-de-massa.html

| como disse abaixo no post do programa de 'cc', nesse link há a ementa, bibliografia básica... todo o basicão da disciplina!
| sejam bem vindos novos e antigos alunos!!!
| té

| comunicação e cultura 2007/2

| programinha da disciplina 'comunicação e cultura 2007/2'
http://arquivoculturamauff.blogspot.com/2007/09/comunicao-e-cultura-20072.html
| tem ementa, bibliografia básica... todo o basicão!

| sejam bem vindos novos alunos!!!
| té

4.9.07

| wonderful world

| em seu trabalho final para a disciplina 'comunicação e cultura', o aluno Marco Borges, registrou em texto, no formato de relato (linguagem que enriquece ainda mais seu trabalho), sua experiência na Favela Nova Holanda e no DEGASE (Departamento Geral de Ações Sócio-Educativas).


| "Ao recordar meu trabalho na favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, para escrever este pequeno relato, alguns textos que estudei ao longo do curso de comunicação vieram-me à cabeça. Primeiramente recordei “Raça e História” de Lévi- Strauss. Pensei nas trocas culturais, no relativismo das culturas nos diálogos e intercâmbios sociais, no etnocentrismo do observador. (...)"


| aqui, disponibilizamos o link para q acessem a íntegra do trabalho
| http://arquivoculturamauff.blogspot.com/2007/09/wonderful-world.html

14.7.07

| 2007/1
| balanços, avaliações e considerações finais...

| fim do periodo né pessoas?!

| marildo sugeriu a criação de um espaço aqui no blog para q nós, alunos de 'estudos culturais' e de 'comunicação e cultura' possamos deixar registrado um balanço, ou uma espécie de avaliação, recordação... um espaço para nossas considerações finais
| os comentários nesse post estarão abertos para isso então está bem?

| vale falar sobre a turma, o iacs, as aulas, a monitoria e nosso blog tbm


| boa farra e bom descanso pra todo mundo nessas férias


| té povo