6.12.09

| Conferência "Crítica Cultural Contemporânea"

Acontecerá na próxima quinta-feira, dia 10 de dezembro, uma conferência com a Profª Drª Beatriz Resende. Ocorrerá a partir das 14h, no PPGCOM-UFF (IACS 2) que fica à Rua Tiradentes, nº 148 - Ingá - Niterói - Rio de Janeiro.

Beatriz Resende é Doutora em Literatura Comparada, pela UFRJ. Realizou Pós-Doutorado no Museu Nacional igualmente pela UFRJ.
Atualmente é professora do Departamento de Teoria do Teatro da Escola de Teatro da UNIRIO, pesquisadora do CNPQ e PACC-UFRJ, Cientista do Nosso Estado pela FAPERJ e coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ.
Algumas de suas publicações:
+Os livros: "Contemporâneos: Expressões da Literatura Brasileira no século XXI"; "Apontamentos de Crítica Cultural"; "Lima Barreto e o Rio de Janeiro em fragmentos".
+Livros organizados: "Cocaína, Literatura e outros companheiros de ilusão"; "As melhores crônicas de Lima Barreto"; "A Literatura Latino-Americana do Século XXI"; "Rio Literário: um guia apaixonado da cidade do Rio de Janeiro".

Beatriz também escreve regularmente para os suplementos culturais dos jornais O Globo, JB e Folha de São Paulo, além de ser editora da Revista online Z-Cultural.

Beatriz Resende também está no Twitter.

| Encontro com Milton Santos ou O Mundo Global Visto do Lado de Cá

Dica da Teresa Cristina, o filme exibe uma conversa (e muuuitas ideologias) do geógrafo Milton Santos, um dos maiores intelectuais do país.
Milton nasceu em 1926, na Bahia. Se formou em direito, mas foi na área da geografia que se destacou. Ele publicou mais de 400 textos entre livros, artigos e obras coletivas, e ganhou diversos prêmios. Em 2001, ele faleceu.

No longa dirigido por Tendler, Santos enfoca nas questões das periferias em tempo de globalização.



Para assistir ao restante do filme, clique aqui.

3.11.09

| Edward Palmer Thompson

Edward Palmer Thompson.


Thompson foi um historiador britânico da concepção teórica marxista, considerado por muitos, o melhor do século XX.

Lutou contra o fascismo na Itália, durante a segunda Guerra Mundial. Em 1946, formou o grupo de estudos históricos marxistas, ao lado de Eric Hobsbawm dentre outros. Foi professor universitário por décadas, mas seu maior destaque foi na Universidade de Leeds, quando lecionou cursos não-acadêmicos para trabalhadores.

Também foram os trabalhadores que inspiraram seu mais importante trabalho: "A Formação da Classe Operária Inglesa", em 3 volumes. Seus trabalhos foram da história do trabalho a história da Cultura, tendo inspirado trabalhos de temas como sindicalismo, partidos, movimentos sociais, escravidão, campesinato, crimes, motins, entre outros.

Também questionou o neoliberalismo, os estudos culturais feministas e o marxismo ortodoxo. Teve base na desconstrução do marxismo estruturalista e do funcionalismo, usando o que pode ser chamado de marxismo "culturalista".

Edward Palmer Thompson nasceu em 03 de fevereiro de 1924 e faleceu em 28 de agosto de 1993, aos 69 anos.

Morre Lévi-Strauss, aos cem anos

O antropólogo Claude Lévi-Strauss faleceu na tarde dessa terça-feira, 03 de novembro, aos cem anos.

Lévi-Strauss é objeto freqüente nas aulas de Comunicação e Cultura, Estudos Culturais e tantas outras relacionadas à antropologia, na qual ele é um dos principais nomes. Realizou importantes projetos etnográficos aqui no Brasil, onde lançou o livro "Saudades do Brasil" e lecionou por 30 anos.

A Academia Francesa já prepara um tributo a Lévi-Strauss.

18.10.09

Senso comum sobre Cultura - Jovens

Os alunos Camila, Enio, Bruno, Raphael, Eduardo, Anthony e Lucas entrevistaram jovens de 17 a 27 anos. As perguntas: "O que é Cultura" e "Qual é a sua Cultura?". Confira abaixo:

2.10.09

Lévi-Strauss no Festival do Rio

O Festival do Rio traz em sua edição 2009 um filme sobre Lévi-Strauss. Claude Lévi-Strauss por ele mesmo, é um documentário de 93min.

Dirigido por Pierre-André Boutang, o longa mostra a trajetória do antropólogo através de declarações, fotografias, manuscritos e objetos de seu arquivo pessoal. O documentário é em sua maioria narrado pelo próprio Lévi-Strauss, sempre reforçando sua paixão por música, a defesa da natureza e, claro, a exaltação a diversidade cultural.

A última sessão do filme acontece agora, às 17:50, no Espaço de Cinema 3.

29.9.09

I Conferência Municipal de Cultura do Rio de Janeiro

A Cultura quer ouvir você.

A Secretaria Municipal de Cultura vai reformular a sua Política e quer ouvir a sua opinião, seja você artista, intelectual ou não. Basta ser cidadão para falar com um governo que quer ouvir você antes de tomar uma decisão. Quantas vezes já pediram sua opinião antes?

Em outubro debateremos o que queremos para a cultura de nossa cidade em diversos bairros do Rio de Janeiro e você poderá dizer o que gostaria de ver, saber, sugerir, criticar o que achar errado, apoiar o que gosta, fazer valer democraticamente a sua voz.
Não custa nada. Sua opinião é importante. Participe!

As inscrições para a I Conferência Municipal de Cultura do Rio de Janeiro vão até amanhã! Para inscrever-se, basta clicar aqui.

Para mais informações, siga a Conferência pelo Twitter!

21.9.09

O processo civilizatório... no século passado?

Na aula desta segunda-feira, o professor Marildo leu alguns trechos do texto "O Processo Civilizatório", de Norbert Elias. Itens como "não assoar o nariz na toalha da mesa" eram vistos como básicos na cultura da época. Mas e hoje? Muita coisa mudou?

Direto do site "Recreio da Juventude":


Etiqueta no dia-a-dia
Independente dos conhecimentos adquiridos com a família ou na escola, manter sempre ligados os sensores do bom comportamento é importante. Confira algumas dicas que podem ajudar a convivência social no dia-a-dia:

Na piscina....
Tenha sempre a mão a sua própria toalha, o seu boné e o seu protetor solar. Fique atento para não monopolizar bóias, cadeiras e qualquer outro equipamento de uso comum.

Na academia...
É preciso decidir se vai malhar ou falar ao telefone celular. É de péssimo gosto ficar batendo papo dentro da sala de ginástica. Prejudica o desempenho e atrapalha a concentração dos outros. Se for inevitável levar o telefone, deixe a campainha bem baixa e saia da sala para atender a ligação. Leve sempre uma toalha para colocar sobre o colchonete. Academia não é salão de festas, portanto, contenha-se e deixe aquele batom vermelho-sangue só para a noite.

Na hidroginástica e natação...
Nunca entre na piscina sem antes tomar uma ducha. Se você estiver gripado, faça uma caminhada ou fique em casa. Isso evitará qualquer resíduo proveniente de um espirro na água. Use sempre a touca ao entrar na piscina.

No vestiário...
Procure manter suas coisas organizadas. Um tênis largado na passagem pode ocasionar um acidente. Sem falar no risco de esquecer objetos.


Alô, chics!


Quer entender mais sobre etiquetas e civilizações, com base teórica? Então leia o artigo da Lucineide do Nascimento Santos: "A Etiqueta como forma de Poder".

8.9.09

Safari na Favela? Conheça o "Gringo na Laje"


Por meio de uma pesquisa socioetnográfica, Bianca Freire-Medeiros busca compreender os novos arranjos sociais que permitem emoldurar, anunciar, vender e consumir a pobreza, atribuindo-lhe um valor monetário acordado entre promotores e consumidores no mercado turístico.
A pesquisadora esteve nas townships da África do Sul e em Dhavari, considerada a maior slum da Índia, mas é a favela carioca da Rocinha seu grande foco de interesse.

Para mais informações ou comprar ou livro, clique aqui.

1.9.09

Alma Não Tem Cor

Na aula de Comunicação e Cultura desta segunda-feira (31/08), os alunos foram instigados a estabelecer relações entre o texto "Raça e História", de Lévi-Strauss, e a canção "Alma Não Tem Cor", do Karnak, gravada também por Chico César e Zeca Baleiro. A primeira gravação é de 1995 e a letra de André Abujamra. Como afirma Zeca, em seu site, essa canção é "um hino à diferença". As análises dos alunos aparecerão nos comentários desse post.


Alma Não Tem Cor

alma não tem cor
porque eu sou branco
alma não tem cor porque eu sou preto

branquinho neguinho branco negão
branquinho neguinho branco negão
branquinho neguinho branco negão
branquinho neguinho branco negão

percebam que a alma não tem cor
ela é colorida ela é multicolor

azul amarelo verde verdinho marrom
azul amarelo verde verdinho marrom
azul amarelo verde verdinho marrom
azul amarelo verde verdinho marrom

você conhece tudo
você conhece o reggae
você conhece tudo
você só não se conhece

| Lévi-Strauss


Um dos grandes pensadores do século 20, Lévi-Strauss tornou-se conhecido na França, onde seus estudos foram fundamentais para o desenvolvimento da antropologia. Filho de um artista e membro de uma família judia francesa intelectual, estudou na Universidade de Paris.

De início, cursou leis e filosofia, mas descobriu na etnologia sua verdadeira paixão. No Brasil, lecionou sociologia na recém-fundada Universidade de São Paulo, de 1935 a 1939, e fez várias expedições ao Brasil central. É o registro dessas viagens, publicado no livro "Tristes Trópicos" (1955) que lhe trará a fama. Nessa obra ele conta como sua vocação de antropólogo nasceu durante as viagens ao interior do Brasil.

Exilado nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), foi professor nesse país nos anos 1950. Na França, continuou sua carreira acadêmica, fazendo parte do círculo intelectual de Jean Paul Sartre (1905-1980), e assumiu, em 1959, o departamento de Antropologia Social no College de France, onde ficou até se aposentar, em 1982.

O estudioso jamais aceitou a visão histórica da civilização ocidental como privilegiada e única. Sempre enfatizou que a mente selvagem é igual à civilizada. Sua crença de que as características humanas são as mesmas em toda parte surgiu nas incontáveis viagens que fez ao Brasil e nas visitas a tribos de índígenas das Américas do Sul e do Norte.

O antropólogo passou mais da metade de sua vida estudando o comportamento dos índios americanos. O método usado por ele para estudar a organização social dessas tribos chama-se estruturalismo. "Estruturalismo", diz Lévi-Strauss, "é a procura por harmonias inovadoras".

Suas pesquisas, iniciadas a partir de premissas lingüísticas, deram à ciência contemporânea a teoria de como a mente humana trabalha. O indivíduo passa do estado natural ao cultural enquanto usa a linguagem, aprende a cozinhar, produz objetos etc. Nessa passagem, o homem obedece a leis que ele não criou: elas pertencem a um mecanismo do cérebro. Escreveu, em "O Pensamento Selvagem", que a língua é uma razão que tem suas razões - e estas são desconhecidas pelo ser humano.

Lévi-Strauss não vê o ser humano como um habitante privilegiado do universo, mas como uma espécie passageira que deixará apenas alguns traços de sua existência quando estiver extinta.

Membro da Academia de Ciências Francesa (1973), integra também muitas academias científicas, em especial européias e norte-americanas. Também é doutor honoris causa das universidades de Bruxelas, Oxford, Chicago, Stirling, Upsala, Montréal, México, Québec, Zaïre, Visva Bharati, Yale, Harvard, Johns Hopkins e Columbia, entre outras.

Aos 97 anos, em 2005, recebeu o 17o Prêmio Internacional Catalunha, na Espanha. Declarou na ocasião: "Fico emocionado, porque estou na idade em que não se recebem nem se dão prêmios, pois sou muito velho para fazer parte de um corpo de jurados. Meu único desejo é um pouco mais de respeito para o mundo, que começou sem o ser humano e vai terminar sem ele - isso é algo que sempre deveríamos ter presente". Atualmente, mora em Paris.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u642.jhtm

|Outro artigo interessante para quem quiser saber um pouco mais sobre o fundador da antropologia estrutural é O estruturalismo - Lévi-Strauss e a antropologia estrutural , do site Cultura e Pensamento, de Voltaire Schilling.

27.8.09

O Ritual do Corpo entre os Sonacirema

A cultura da tribo dos Sonacirema foi citada na aula de Comunicação e Cultura do professor Marildo. Seus rituais e particularidades foram relatados no texto de Horace B. Minner, e você confere um trecho abaixo:

"O Prof. Linton foi o primeiro a chamar a atenção dos antropólogos para o complexo ritual dos Sonacirema, há vinte anos atrás. Mas a cultura deste povo é ainda muito pouco compreendida. Os Sonacirema são um grupo norte-americano que vive no território que se estende desde o Cree do Canadá aos Yaoui e Tarahuma do México e aos Carib e Aruaque das Antilhas. Pouco se sabe quanto à sua origem, embora a tradição mítica afirme que eles vieram do leste".

Para ler ao texto completo e conhecer um pouco mais dessa "tribo estranha", é só clicar aqui.

17.8.09

Sejam bem-vindos, calouros 2009.2!

Sabemos que vocês estavam doidos pra que as aulas começassem logo, que vocês encheram as mãos de álcool em gel todos os dias, na esperança de que as aulas voltassem para a semana passada. Mas a espera acabou, calouros!

A partir dessa semana, vocês conhecerão muito sobre o curso de Estudos de Mídia e um dos canais para a aproximação de vocês e do curso é este blog, ligado à disciplina Comunicação e Cultura e diversos assuntos relacionados a questões discutidas em sala de aula. Sugestões para o blog, textos que vocês quiserem postar etc. sempre são muito bem vindos!

Para entrar no clima do nosso campus, um vídeo sobre a construção da praia do IACS. O vídeo foi produzido há alguns anos por estudantes de cinema.

A segunda parte do vídeo você encontra aqui.

24.7.09

Trabalhos de final de período


Para a disciplina "Estudos Culturais", os alunos fizeram pesquisas relacionadas aos temas estudados e agora você pode conferi-los no Culturamauff.

Música Pop, Virgindade e Identidades Culturais: Claudinne Peixoto, Marcelo Mendonça, Vanessa Mello e Vanessa Morais.

Os usos culturais e sociais da Virgindade. A forma como a mídia e determinados estilos musicais juvenis reforçam a virgindade como, além de questão física, uma identidade cultural.


Jornal Meia-Hora e Estudos Culturais: Alan Pessanha, Carolina Akool, Fernanda Carvalho e Gustavo Castro.

Como o Jornal Meia Hora se adapta às linguagens mais populares para atingir as camadas menos favorecidas economicamente.


Você também confere um trabalho da disciplina "Comunicação & Cultura" no CulturamaUFF.

“Ser Diferente é Desconectar-se? Sobre as Culturas Juvenis” de Néstor García Canclini: Carolina Akool e Gustavo Castro

O texto “Ser Diferente é Desconectar-se? Sobre as Culturas Juvenis” de Néstor García Canclini trata dos jovens e suas questões na sociedade pós-moderna, compreendendo o mercado, presentismo, fragmentação e dilemas da globalização.

1.7.09

ENCERRAMENTO DE SEMESTRE


|Estamos chegando ao final de mais um semestre letivo. Novos alunos vieram somar-se aos mais antigos do Curso de Mídia. A turma 2009/1 começou já mandando ver. Certamente ouviremos falar muito deles daqui por diante. O começo foi promissor. Claro que saímos para festejar na Cantareira o final do semestre. Na foto aparecem grande parte dos alunos e a querida professora e amiga Ana.

DA TROPICÁLIA AOS PONTOS DE CULTURA


|Nessa terça-feira, dia 30 de junho, Aline Carvalho - da primeira turma de formando de Mídia - lançou seu livro: "Produção de Cultura no Brasil: da Tropicália aos Pontos de Cultura". O livro é resultado de sua monografia de final de curso que tive o prazer e honra de orientar.
Parabéns Aline pela força de vontade, capacidade e empenho de agir para transformar o que considera necessário ser transformado e pensar analiticamente sobre sua prática.

8.6.09

Entrevista com George Yúdice


|A fim de nós prepararmos melhor para a Mesa Redonda sobre Estudos Culturais Latino-Americanos, reproduzo parte de uma entrevista concedida por George Yúdice a Heloísa Buarque de Hollanda, que foi publicada no Portal Literal. Yúdice é um dos pesquisadores que vai estar presente quarta-feira, dia 10 de junho, no Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, a partir das 18h30min.
|Vejamos parte da entrevista. Quem se interessar poderá ler a entrevista completa clicando aqui.

Heloísa Buarque de Hollanda - 17/08/2005
Em seu novo livro, "A conveniência da cultura: usos da cultura na era global" (Ed. UFMG), George Yúdice tenta explicar um mundo em que gestores, produtores e curadores são mais importantes que os próprios artistas.

HBH. George, sua intervenção como intlectual é tão polivalente que é difícil adivinhar qual foi sua formação. Afinal o que você estudou?
Yúdice. Eu estudei Química, Artes e Letras simultaneamente na Cunny University. Depois foz mestrado e doutorado em Letras.
[Sobre seu livro, "Conveniência da cultura"]

HBH. Há um claro salto de local, de tema, de campo de estudos. O que chamou a sua atenção para seu direcionamento para o debate mais voltado para as políticas públicas, para a discussão do Estado liberal, para as questões da economia da cultura?
Yúdice. Foi a própria virada dos anos 90 na área da cultura, era uma coisa muito evidente. me dei conta de que toda cultura precisa de um sistema de financiamento, de apoio. Eu estava também trabalhando em fundações o que me levou a me ligar nesses assuntos.

HBH. Houve influência do Nestor Canclini nessa virada?
Yúdice. Houve. Eu conheci o Canclini no começo dos anos 90, em um congresso em 1993 no México. Ele me ajudou muito nessa transição. Quando organizamos aquele congresso no México, como você, inclusive, era para falar sobre estudos culturais nas Américas. Vieram pessoas dos Estados Unidos, do Canadá, da América Latina. Eu me lembro que vi lá, pela televisão, que havia uma preparação para a Nafta (Tratado do Livre Comércio da América do Norte). Na televisão havia propagandas do tipo "Mexicanos, vamos entrar para o primeiro mundo, não sujem as ruas, entrem no trabalho na hora". Esse tipo de mensagem pública. E isso era muito esquisito. Só comecei a falar dessas coisas no ano seguinte. Depois de fazer contato com o Canclini neste congresso, ele me pediu para fazer um estudo do impacto do livre comércio nos Estados Unidos. E eu fiz um ensaio em 1994. Entrei na comissão da Fundação México-Estados Unidos e comecei a pesquisar mais sobre esses sistemas de financiamento. Nos EUA, eu já tinha feito parte do Conselho de Arte de Nova York, e me dei conta de como funcionava essa engrenagem. Nos EUA, a questão privada é muito mais importante em termos de financiamento do que a área pública. Foi a partir daí que propus um projeto para a Fundação Rockefeller sobre os impactos do fenômeno da privatização da cultura. (...) comecei também a fazer trabalhos práticos, não só estudos analíticos, mas também propositivos. Começou ali na metade dos anos 90. No ano de 1998, eu já escrevia textos sobre esses fenômenos. Mas o livro levou muito mais tempo, porque eu tinha que pensar nas grandes mudanças macros do mundo, para compreender as mudanças micro de fundações, financiamentos e também na cultura. As fundações queriam que esses financiamentos tivessem uma repercussão social.

Estudos Culturais Latino-americanos - Mesa Redonda

Se você ainda não sabe como aproveitar o feriadão dessa semana e não tem com quem passar o Dia dos Namorados, o CulturamaUFF te dá uma dica!

Na quarta-feira (10), o Campus da Praia Vermelha - UFRJ recebe Abril Trigo - professor de culturas latino-americanas e diretor do Centro de Estudos Latino-americanos, na Ohio State University -, George Yúdice - professor da University of Miami - e a professora Beatriz Resende - professora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), pesquisadora do CNPq e do PACC (Programa Avançado de Cultura Contemporânea) - que também fará a mediação da mesa.

A partir da quinta-feira de Corpus Christi (11), os Estudos Culturais Latino-americanos passam a ser discutidos na PUC-Rio. O congresso tem o objetivo de discutir as relações econômicas, políticas, sociais e culturais entre países latinos e desenvolvidos. O congresso vai até o dia 14. Para maiores informações, clique aqui.

"Ilha das Flores" por Comunicação e Cultura

De acordo com o curta "Ilha das Flores", exibido em sala de aula, os estudantes de Comunicação e Cultura produziram imagens e textos para ilustrar o filme de Jorge Furtado. Confiram as produções desses telencéfalos altamente desenvolvidos com polegares opositores:

Por Andressa Lacerda, Érika Xavier, Francisco Protasio, Julia Guedes, Maria Mendes e Rodrigo Ribeiro
O lixo não é lixo


O que sobra pra quem sobrou

O lixo não é lixo

O lixo não é luxo

O lixo é o que tem

É de quem tem

É a vida de quem não tem

De quem?

Quem não é, e é

De quem sobrou

Faltou.


É o nada e o tudo

É o estranho mundo(mudo)

O que sobra no final

Fim do carnaval

Fome,

Homem.


Por Gustavo S. de Castro e Carolina Akool S. Gonçalves

Liberdade dos felizes, liberdade dos aflitos, liberdade de quem liberta, liberdade de quem morre.
Diversas faces de um só sonho
Sonho que faz brotar esperança
Mas que faz sofrer os abandonados

Injusto é o mundo onde as consequências da liberdade depende de um jogo de sorte.


Por Matheus Marins, Mayara Soares, Jesiel Araújo, Júlia Pacheco e Júlia Câmara


Por Fernando Benevides, Leticia, Felippe, Camila e Lonya

É seu único lugar no mundo
Que é seu abrigo
A sua casa
Que traz a liberdade
Em clima de felicidade
Onde pode ficar nú!
Onde pode ficar
Onde pode ficar nú!
E é tão difícil arrumar isto pra gente...
Não há vitória quando a luta não é justa
Mas só há relutancia por esse mundo melhor
E que nos traz a resposta
E qual é o resultado disso?

Música "Casa", do Cidade Negra.


Por Ana Carolina Martins, Luana Furtado, Carlos Coelho, João Fanara, Gustavo Rocha e Jander Brum

A vida das pessoas que tiram seu sustento do lixo parece ser ignorada por toda sociedade. Em uma lata de lixo está depositada tudo aquilo que as pessoas querem se livrar; seja por nojo ou por sua não utilidade. Misturado a um forte cheiro, recebendo como companhia homens que vagam em meio a esse cenário, retirando seu sustento, transformando restos de alimentos em prato principal, convertendo metais em dinheiro, pescando nesse mar de sujeira o que pode ser a próxima refeição.

A sociedade teima em não olhar para essas pessoas, a cena constrange, mas não é suficiente para pensar na qualidade de vida desses que vivem disputando espaço com animais hostis e nem para o desperdício comprovado e afirmado por cada indivíduo, que tem como sustento o resto dos outros. A seletividade de quem tem apenas as sobras, não é a mesma que se teve para livrar- se de um alimento ou de um objeto. O lixo é um lugar onde está depositado tudo aquilo que ignoramos e temos urgência em tirar da nossa frente, o que não é mais conveniente para nossas vidas e quase no mesmo instante repomos por algo novo, sem pensar que alguém dividirá com moscas, ratos e baratas e fará do objeto do nosso desprezo, a melhor coisa do seu dia .

Clique nas imagens para vê-las com maiores detalhes.

2.6.09

Sua vida na Televisão?

E não estamos falando de reality show!

Na quarta-feira, 03/06, a aula de Estudos Culturais será exepcionalmente ministrada por Marina Caminha, que fez um trabalho super interessante sobre o quadro "Retrato Falado", exibido há algum tempo pelo Fantástico, englobando diversos fatores da identificação do telespectador com o exibido pela tv.

"É a partir do cotidiano que a narrativa do Retrato articula a estratégia de presença, particularizando as experiências vividas e revelando vestígios de um modo de contar anterior: o da telenovela brasileira.

Portanto, tornar o cotidiano categoria e rastrear a forma como tem sido configurado em Retrato Falado significa analisar os usos pelos quais cada matriz criou um modo de operá-lo. Para além, a fabulação do cotidiano no quadro é conseqüência de um jogo dialógico entre essas marcas, presentes anteriormente no mundo da telenovela brasileira. O ponto de partida para a análise não serão esses gêneros em separado, mas as conseqüências dessa relação que produziu um universo contado a partir do verossímil e que denominamos de fábula cômica do cotidiano.

É pela matriz da telenovela que faremos a contextualização da categoria cotidiano na televisão. Nesse sentido, afirmamos que as modificações encontradas na narrativa da telenovela, a partir da década de 1970, com a chamada proposta realista, foram parte de um processo narrativo que legou a junção entre as marcas do melodrama e do documentário em Retrato Falado, gerando uma espécie de teia narrativa que se vincula a outros programas televisivos e a própria telenovela, como veremos.
"

Para ler o texto inteiro, clique aqui!

Desigualdade social e cultural marcam clipe do Radiohead

No ano passado, a banda Radiohead lançou um clipe para a campanha "MTV Exit". All I Need fala sobre desigualdade socio-cultural em seu clipe, mesmo com outro sentido na letra. Com vocês, "All I Need":



I'm the next act waiting in the wings
I'm an animal trapped in your hot car
I am all the days that you choose to ignore

You're all I need
You're all I need
I'm in the middle of your picture
Lying in the reeds

I am a moth who just wants to share your light
I'm just an insect trying to get out of the night
I only stick with you because there are no others

You are all I need
You are all I need
I'm in the middle of your picture
Lying in the reeds

S'all wrong
S'alright
S'all wrong
S'alright
S'alright
S'alright
Em 1989, Jorge Furtado escreveu e dirigiu Ilha das Flores, um de seus filmes mais premiados. Com um humor ácido e uma frieza incômoda, o curta retrata a desigualdade social, com destaque para Belém Novo e Ilha Grande dos Marinheiros, em Porto Alegre.






| deixo abaixo uma série de links q podem lhes conceder mais ferramentas para esse trabalho

13.5.09

Senso Comum sobre Cultura - parte 2

Mais alunos realizaram a pesquisa sobre o Senso Comum e Cultura, como Carolina Akool dos Santos Gonçalves, Gustavo Santos de Castro, Beatriz Ferreira, Guilherme Barros e Thiago Nascimento. As mesmas perguntas (O que você entende por cultura? e Qual é a sua cultura?) foram feitas à jovens entre 16 e 27 anos.

Cada pesquisador integrante ficou responsável por entrevistar 3-4 pessoas, sendo no total 19 jovens entrevistados.
Abaixo, o primeiro gráfico totalizando os resultados gerais da pesquisa:

A partir, então, das análises das respostas foi proposta uma divisão das mesmas em grupos, aproximando as que convergiam entre si, nas duas perguntas realizadas.
Entretanto, é importante ressaltar que essas divisões não podem ser consideradas absolutas, já que respostas incluídas em determinados grupos distintos podem se unir e formar outros novos grupos. Mas, para as reflexões e conclusões da pesquisa, divisões específicas foram feitas e serão mostradas a seguir.

O QUE VOCÊ ENTENDE POR CULTURA?

No total de todas as respostas da primeira pergunta foram formados 4 grupos – mostrados no gráfico a seguir – sendo somente uma resposta que não se encaixou em nenhum grupo específico.


QUAL É A SUA CULTURA?

Na segunda pergunta, as respostas foram mais variadas e consistiram em diversos grupos de respostas, que mesmo só contendo uma ou duas respostas, mostram-se interessante destacar, como mostra o gráfico a seguir:


REFLEXÕES A PARTIR DA PESQUISA

Analisando os resultados da primeira pergunta de acordo com o gráfico das porcentagens, podemos ressaltar que quase metade das pessoas englobam em sua definição de cultura aspectos relacionados a tradições, costumes do passado e que são transmitidos através das gerações.
O segundo grupo mais frequente de respostas de definição de cultura trazia cultura como um conjunto de características de um grupo, uma comunidade; sendo os hábitos, crenças, costumes, arte, etc desse grupo.
Em termos gerais, observa-se também que grande parte dos entrevistados não entende cultura como algo produzido pela sociedade e sim como algo "pronto", onde o indivíduo se insere e é influenciado. Ou seja, a maioria não se vê como agente dentro do que considera que é cultura.

Na segunda pergunta, a maioria dos entrevistados não soube definir exatamente a sua cultura, pois identificavam nesta a influência de várias outras culturas.
Para outro grupo, a descrição da própria cultura vem principalmente atrelada às questões territoriais, ou seja, a idéia de pertencimento a uma nação, cidade ou região específica. Identificar-se brasileiro ou carioca, como foi o caso desta pesquisa, é definir todas as características destes coletivos como a própria cultura individual.
O grupo observou durante a pesquisa que os entrevistados encontraram dificuldades em responder esta segunda pergunta, mesmo, a princípio, estando esta diretamente relacionada à outra. Ao pensar em definir a própria cultura, muitos nem retomavam a resposta anterior, já que muitas vezes tentavam responder a primeira pergunta de uma maneira que fosse “agradar” ao pesquisador.
Além disso, foi possível observar como tal reflexão não é tão recorrente para os jovens, o que contribui para a dificuldade de se ter uma resposta formada para as questões propostas.

*Todas as entrevistas, você confere aqui.

12.5.09

Senso Comum sobre Cultura

Os alunos do primeiro período fizeram uma pesquisa para a disciplina Comunicação e Cultura, ministrada pelo professor Marildo Nercolini. O tema: Senso Comum sobre Cultura.

Os estudantes Ana Carolina, Carlos Roberto, Gustavo Rocha, João Fanara e Luana Furtado entrevistaram 20 pessoas de 19 a 25 anos e fizeram as seguintes perguntas: O que você entende por cultura? e Qual é a sua cultura?. Abaixo, algumas das respostas dos entrevistados.

1) Nome: Priscila

Idade: 22 anos

Profissão: Estudante universitária

Instrução: Formada em Geografia e cursando graduação em Turismo


a) O meu entendimento por cultura, se baseia no conceito de que a cultura determina o comportamento do homem, e justifica suas realizações, seu conhecimento intelectual, elegância, religião, crenças e valores morais. O meio em que você vive é que vai determinar a autenticidade do seu conceito de cultura, e através destas justificativas suas ações perante a sociedade e através da cultura em que você veio, é que vai ser determinar seus valores e princípios.


b) Bom, acredito que passei por um processo de aculturação. Sou do município de Capão da Canoa no Rio Grande do Sul, e há sete anos moro no interior do Mato Grosso do Sul. Acredito que essas duas culturas diferentes (a do RS e do MS), entraram em contato e acabaram por produzir uma nova cultura. Minha cultura de berço é a do RS, a do chimarrão, porém hoje acabei por perder o sotaque de gaúcha. Hoje sou adepta do tererê e admiradora do Pantanal. Apesar de tudo isso continua com minhas raízes do RS, porém adotei novos costumes de origem do MS.



2) Nome: Dayane

Idade: 19 anos

Profissão: Estudante universitária

Instrução: Superior (incompleto)


São manifestações étnicas, costumes de vários povos, um conjunto de formas de agir e pensar, de ver o mundo e de viver em sociedade.
É a brasileira fluminense.


3) Nome: Thiago

Idade: 24 anos

Profissão: Programador da UFF

Instrução: Superior incompleto



a) “É o conjunto de coisas que aprendemos em sociedade e usamos no dia-a-dia”.

b) "Carioca, do Rio de Janeiro onde nasci e fui criado"


4) Nome: Bárbara

Idade: 25anos

Profissão: Servidora Pública

Instrução: Ensino superior completo


a) Acho complicado conceituar cultura, diante da significação abrangente do termo. De qualquer forma, ainda que superficialmente, entendo por cultura um complexo de práticas e costumes de determinados grupos. É aquilo que individualiza os grupos e também as pessoas destes grupos, identificando-as e diferenciando-as. Entendo que a cultura também se presta a medir o grau de conhecimento sobre os traços distintivos de outrem.

b) De acordo com o conceito acima, minha cultura é aquilo que me identifica, portanto, poderia dizer que, de uma certa forma, é minha própria rotina que me diferencia. Creio, então, que a minha cultura está mais voltada para o sentido social, isto é, referente às práticas que exerço no cotidiano, precisamente no que se refere ao ramo da minha profissão.


5) Nome: Leila

Idade: 24 anos

Ocupação: Desempregada

Instrução: Ensino Médio Concluído


É como você vê a arte da vida. Como você escolher coisas que o mundo te dá e transforma isso passando a usa –lá no dia-a-dia.
É uma mistura de costumes e comportamentos. Não só o que eu aprendo, mas também o que eu gosto.


Sobre as pessoas entrevistadas, o grupo concluiu que elas consideram cultura como um conjunto de tradições, hábitos e costumes de sua sociedade. Uma coisa bastante comum entre os entrevistados foi a questão do regionalismo, sendo identificado como a sua própria cultura (brasileira, carioca, nordestina, gaúcha, etc).

5.5.09

| Hall, Stuart

| "Hall é hoje, no brasil, um reconhecidíssimo nome da cultura acadêmica. Um dos fundadores da polêmica "pós-disciplina", os Estudos Culturais, hall dirigiu o histórico Centro de Birmingham em seu período mais quente e produtivo. Jamaicano radicado desde 1951 na Inglaterra, onde é conhecido como um intelectual engajado nos debates sobre as dimensões político-culturais da globalização, a política nacional e a articulação teórica dos movimentos anti-racistas, ele tem dois livros publicados no brasil: "Identidades culturais na pós-modernidade" e "Da diáspora: identidades e mediações culturais".
| Introdução de entrevista concedida por Hall a Heloísa Buarque de Hollanda e Liv Sovik. Leia a entrevista na íntegra clicando aqui.

| Stuart Hall, filho de um contador, nasceu em Kingston, Jamaica em 1932. Mudou-se para a Inglaterra, em 1951, para estudar na na Universidade de Oxford.
| Socialista, nos anos 50 somou forças com E.P. Thompson, e Raymond Williams, entre outros, para lançar duas radicais publicações no período, The New Reasoner e a New Left Review".
Trabalhou como professor substituto em Brixton, editou a New Left Review entre 1959 e 1961, e ministrou estudos de mídia no Chelsea College.
| Em 1964 co-escreveu The popular arts; o que resultou em um convite feito por Richard Hoggart para que integrasse o Centre for Contemporary Cultural Studies na Birmingham University; de onde, em 1968 tornou-se o diretor .
| Nos anos seguintes, escreveu muitos artigos incluindo Situating Marx: evaluations and departures (1972), Encoding and decoding in the television discourse (1973), Reading of Max's 1857 introduction to the Grundrise (1973) e Policing the crisis (1978); em 1979 Hall foi apontado professor de sociologia na Open University.
| Outros livros de sua autoria ou com seus textos incluem The hard road to renewal (1988), Resistance through rituals (1989), Modernity and its future (1992), The formation of modernity (1992), Questions of cultural identity (1996), Cultural representations and signifying practices (1997) and Visual cultural (1999).
| Aposentado na Open University em 1997, atualmente dedica-se principalmente a seu posto na Runnymede trust's commission on the future of multi-ethnic britain.

2.5.09

|Nossos primeiros formandos - Mídia

|É hora de festejarmos!!!! Nossa primeira turma de Estudos de Mídia se formou. No dia 29 de abril, Gabriela Hazin, Marcelo Bertolo, Lucas Walterberg, Fernando Souza, Flávia Risi e Aline Carvalho se transformaram nos primeiros bacharéis de Mídia da América Latina. Parabéns a todos nós, alunos e professores.
|Muito boa sorte a todos esses alunos-amigos!!!!

14.4.09

| por dentro de Tokyo !

No dia 14 de maio, o Festival de Cannes assistirá pela primeira vez a "Tokyo!", filme dirigido por Michel Gondry, Leos Carax e Bong Joon-Ho. Serão três histórias de 40 minutos, que se passam na cidade de Tókio. Apesar do filme não trabalhar diretamente a questão cultural, conheceremos a cidade a partir do pano de fundo oferecido pela mesma, como ocorre em "Interior Design" - curta dirigido por Michel Gondry, que se encontra em "Tokyo !".

No filme de Gondry, um casal de artistas se muda para a Tókio e precisa se adaptar ao ritmo frenético da cidade. É interessante conhecer a visão de um francês sobre uma cultura tão diferente da sua. Michel Gondry é o diretor de filmes como "Brilho eterno de uma mente sem lembranças" e "Rebobine, por favor", e vários videoclipes para artistas como Björk, Kyllie Minogue e The White Stripes.

A proposta do filme é semelhante ao "Paris, te amo!", de 2006. Em maio, o filme é exibido em Cannes, em agosto ele estreia no Japão e em setebro nos Estados Unidos. Ainda não há previsão para sua chegada no Brasil.

6.4.09

| Centro Contemporâneo de Estudos Culturais

Nas aulas de Estudos Culturais, muito tem sido falado sobre o "Centro Contemporâneo de Estudos Culturais". Mas, afinal, onde, quando e por que surgiu o mais importante polo de pesquisa sobre os Estudos Culturais?

Toda pesquisa relacionada aos Estudos Culturais, marca a criação do Departamento de Estudos Culturais na Universidade de Birmingham, como paradigmática para os EC enquanto disciplina curricular. Na mesma Universidade, pouco tempo depois, foi criado o Center for Contemporary Cultural Studies (CCCS). A pesquisa "As Utilizações da Cultura" (1957), de Richard Hoggart foi o principal impulso para a criação do CCCS em 1964. O mesmo surge ligado ao Departamento de Inglês e, juntos, se firmam como um centro de pesquisa e pós graduação.

Apesar de, no princípio, não haver uma definição absoluta e restrita sobre o Centro, com o tempo, as pesquisas direcionavam-se cada vez mais para as relações entre a Cultura Contemporânea e suas práticas sociais.

A base dos Estudos Culturais foi estabelecida a partir de três textos do fim dos anos 50: "The uses of Literacy" (1957), de Richard Hoggart, "Culture and Society" (1958), de Raymond Williams, e "The making of the english working-class" (1963) de E. P. Thompson.


Em ordem: Richard Hoggart, E.P. Thompson e Raymond Williams

Vale destacar a participação de Stuart Hall no CCCS. Hall substituiu Hoggart e ficou de 1969 a 1979 na direção do Centro. Para muitos, a maior contribuição de Stuart Hall encontra-se no incentivo a estudos etnográficos, análises dos meios massivos e práticas de resistência nas subculturas.

30.3.09

| Alma Não Tem Cor

Na aula de Comunicação e Cultura desta segunda-feira (30), os alunos foram instigados a estabelecer relações entre o texto "Raça e História", de Lévi-Strauss, e a canção "Alma Não Tem Cor", do Karnak, gravada também por Chico César e Zeca Baleiro. A primeira gravação é de 1995 e a letra de André Abujamra. Como afirma Zeca, em seu site, essa canção é "um hino à diferença". As análises dos alunos aparecerão nos comentários desse post.

Alma Não Tem Cor

alma não tem cor
porque eu sou branco
alma não tem cor porque eu sou preto

branquinho neguinho branco negão
branquinho neguinho branco negão
branquinho neguinho branco negão
branquinho neguinho branco negão

percebam que a alma não tem cor
ela é colorida ela é multicolor

azul amarelo verde verdinho marrom
azul amarelo verde verdinho marrom
azul amarelo verde verdinho marrom
azul amarelo verde verdinho marrom

você conhece tudo
você conhece o reggae
você conhece tudo
você só não se conhece

26.3.09

ESTUDOS CULTURAIS - mesa redonda


| Convidamos a todos os alunos para participar da mesa redonda "Comunicação e Estudos Culturais", que será realizada na próxima sexta-feira, dia 27 de março, das 09h30m às 12h, no Auditório Anísio Teixeira, no Campus da Praia Vermelha da UFRJ, na Urca. A organização do evento é do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFRJ.

Organizador e Mediador: João Freire Filho (UFRJ)

Professores Convidados:
Ana Carolina Escosteguy – Professora titular da Faculdade de Comunicação Social da PUCRS. Pesquisadora do CNPq. Realizou parte de seu doutorado no CCCS da University of Birmingham. Vale lembrar que um dos textos lidos na disciplina de Estudos Culturais (publicado no livro, cuja capa é aqui mostrada) é de sua autoria.

Ângela Freire Prysthon – Professora adjunta da Universidade Federal de Pernambuco. Doutora em Critical Theory and Hispanic Studies pela Universidade de Nottingham. Pesquisadora do CNPq.

Jeder Janotti Jr. – Professor do programa de pós-graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da UFBA. Pesquisador do CNPq.

22.3.09

SEJAM TODOS BEM-VINDOS


Este é um espaço onde pretendemos refletir sobre cultura, estudos culturais e temas afins.
Iniciamos mais um semestre letivo. Boas vindas aos novos alunos e a todos os nossos visitantes constantes ou eventuais.
Cabe destacar que a partir dessa data esse blog passa a ser responsabilidade de nosso novo monitor: Marcelo Mendonça. Bom trabalho, rapaz.

10.3.09

| Trabalhos Comunicação e Cultura 2008/2

Abaixo vemos algumas produções sobre os assuntos abordados pelos alunos de Comunicação e Cultura 2008/2 ao elaborarem seus trabalhos finais da disciplina.





Os vídeos foram produzidos pelos alunos Carol Câmara, Érica Ribeiro, Gyssele Mendes, Larissa Castanheira, Natalia Dias e Thaís Rodrigues.


E clicando no link abaixo vocês visitam o blog criado pelos alunos Érica Sarmet, Bárbara Defanti, Gabriel Pereira, Ísis Mesquita e Chrissie Leite.