1.9.09

Alma Não Tem Cor

Na aula de Comunicação e Cultura desta segunda-feira (31/08), os alunos foram instigados a estabelecer relações entre o texto "Raça e História", de Lévi-Strauss, e a canção "Alma Não Tem Cor", do Karnak, gravada também por Chico César e Zeca Baleiro. A primeira gravação é de 1995 e a letra de André Abujamra. Como afirma Zeca, em seu site, essa canção é "um hino à diferença". As análises dos alunos aparecerão nos comentários desse post.


Alma Não Tem Cor

alma não tem cor
porque eu sou branco
alma não tem cor porque eu sou preto

branquinho neguinho branco negão
branquinho neguinho branco negão
branquinho neguinho branco negão
branquinho neguinho branco negão

percebam que a alma não tem cor
ela é colorida ela é multicolor

azul amarelo verde verdinho marrom
azul amarelo verde verdinho marrom
azul amarelo verde verdinho marrom
azul amarelo verde verdinho marrom

você conhece tudo
você conhece o reggae
você conhece tudo
você só não se conhece

3 comentários:

Selene disse...

Durante a aula e lendo a música aqui, lembrei de uma outra música (do Roberto Leal, lá da Santa Terrinha - hehe). Q tem +/- a mesma idéia, só que no lugar de "Alma" ele usa "Raça" e cita as colônias portuguesas (se não me engano), falando da harmonia entre esses povos. Sinto um toque de colonialismo, do tipo "não importa onde vcs estão e que cultura possuem, importa q são irmãos e, no fundo, são portugueses". Acho que rende pano p/ a manga e vale a pena postar p/ vcs verem:

Raça humana não tem cor
Roberto Leal - Márcia Lúcia

Ref.: Ei, irmão, se houver amor,
raça humana não tem cor. (bis)

1. Segure na cintura dela que nem o
vaso segura a flor. Que importa se é
branca ou pequena morena, se ela
te deu amor? Que importa se veio de
Angola, que raça tem os olhos seus,
mulher e homem se enamora, este
amor agora é filho de Deus. Portugal,
São Tomé, do Brasil a Timor,
Cabo Verde a Guiné essa raça é
amor. Portugal, São Tomé, do Brasil
a Timor, Cabo Verde a Guiné não há
nada a impor só amor.

2. Segura na mão do amigo esse companheiro
da tua dor, que importa se
ele é branco ou forte ou moreno se
ele te deu amor, de Macau ou
Moçambique, que cor tem a sua
mão, os homens quando são amigos
não vêem a raça do coração. Portugal,
São Tomé, do Brasil a Timor,
Cabo Verde a Guiné essa raça é
amor. Portugal, São Tomé, do Brasil
a Timor, Cabo Verde a Guiné não há
nada a impor só amor.

Carolinna Granero disse...

Essa música reflete perfeitamente a necessidade de integração dos povos de diferentes etnias e culturas.Não só no Brasil como em diversas partes do globo.Afinal esse é um dos principios básicos do estado , criar leis para que aja o convívio das diversidades em um mesmo território.

Natália Ribeiro disse...

"você conhece tudo"
"você só não se conhece"

Valorizar a "cultura alheia" em detrimento da nossa própria. Não reconhecer no outro traços de nós mesmos, paradoxos explicáveis na visível dificuldade de se dizer o que é cultura. Pois se é isso, é aquilo também, e onde é que a gente fica no meio disso tudo?