Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
Manuel Bandeira
Rio, 27 de dezembro de 1947
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
Manuel Bandeira
Rio, 27 de dezembro de 1947
| povo de 'comunicação e cultura', deixo também o poema relacionado em sala com a abordagem do curta 'ilha das flores'
3 comentários:
Nossa, triste! *-*
E Ilha das Flores? Já assisti, é bem interessante este vídeo!
Está muito bom o Blog, textos ótimos!
=*
obrigado marcela!
veja tbm 'estamira' muito bom!
seja sempre bem vinda!
Estamira é lindo...é triste também...
Eu simplesmente acho a "entrada" do filme Espetacular...aquele lixo todo,que mais parece flores...voando pelo céu azul,daquele lugar "podre"(o lixão) que é tão vivo.
=/
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